Um dos quatro sobreviventes brasileiros do acidente aéreo que matou 71 pessoas no último dia 29 de novembro, quando o avião que levava o avião da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana caiu perto do aeroporto de Medellín, o goleiro Jackson Follmann se tornou nesta segunda-feira o primeiro entre os seus compatriotas a deixar a Colômbia.
Após sair do hospital San Vicente, em Rio Negro (COL), e seguir de ambulância até o aeroporto da mesma cidade colombiana, o atleta foi transferido diretamente da pista do local para uma aeronave preparada com toda a estrutura voltada para o transporte de pacientes. O avião que está levando-o de volta ao Brasil decolou por volta das 16h25 (horário de Brasília) e o destino final do voo será o aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A aeronave tem chegada prevista à capital paulista às 2h30 (de Brasília) desta terça-feira, depois de fazer uma escala de duras horas em Manaus (AM) para reabastecimento. Após a chegada na capital paulista, Follmann será levado diretamente para o hospital Albert Einstein, onde deverá ser submetido a uma cirurgia na vértebra.
O cardiologista Francisco Souto, chefe médico da aeronave que trará Follmann da Colômbia ao Brasil, explicou como é o avião preparado para transporte de pacientes. "A aeronave é um Phenom 300, dedicada ao transporte aeromédico, onde temos todos os recursos para manter a vida e o tratamento que for necessário. Temos respiradores, desfibriladores, oxímetro, medicamentos, enfim, tudo que é necessário para transportar o paciente. É uma UTI móvel", afirmou, em entrevista segunda-feira ao SporTV.
Por causa do acidente, Follmann precisou ter parte de sua perna direita amputada, sendo que no último domingo foi submetido a um novo procedimento médico para limpeza do ferimento.
Para esta terça-feira estão previstas as saídas da Colômbia do lateral Alan Ruschel e do jornalista Rafael Henzel, outros dois sobreviventes brasileiros da tragédia, que deverão voltar ao Brasil também logo após deixarem o hospital na cidade de Rio Negro. Os dois seguirão para Chapecó em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e ficarão internados em um hospital da cidade catarinense.
Já o zagueiro Neto, o último dos quatro sobreviventes brasileiros do acidente aéreo da Chapecoense, ainda deve ficar hospitalizado por pelo menos mais três dias na Colômbia. Ele foi a última pessoa a ser resgatada com vida no acidente e é o sobrevivente com estado de saúde mais delicado, embora já tenha deixado a condição de coma induzido, passando a respirar sem ajuda de aparelhos, o que inicialmente foi necessário em razão de uma infecção pulmonar.