Com muita paciência e dosando o ritmo, o Uruguai derrotou nesta quarta-feira a Jordânia por 5 a 0 e praticamente se garantiu na Copa do Mundo. Ainda falta o jogo de volta, na semana que vem, no Centenário, mas a Celesta já agendou a sua presença no Brasil.
Desde o início a diferença entre as duas seleções era bastante visível no Estádio Internacional de Amã. O público jordaniano até lotou o campo para apoiar a sua seleção, mas nem o mais otimista dos torcedores poderia imaginar uma sorte diferente para a equipe local.
Contando com jogadores mais experientes em competições internacionais, e de um país já calejado em disputas de repescagens mundiais, o Uruguai teve como maior virtude a paciência. A seleção jordaniana estava tensa, seus jogadores tentavam fazer tudo ao mesmo tempo. Marcar, tocar a bola e atacar uma seleção com uma camisa tradicional não estava sendo fácil.
O Uruguai seguia tranquilo em campo, tocava a bola, esperava o inevitável erro de seu adversário. E isso ocorreu. A resistência da Jordânia durou 21 minutos. Cavani finalizou, o goleiro Mohamed deu rebote e Maxi Pereira completou para o gol de carrinho.
A vantagem, mesmo que mínima, dava um certo conforto. Controlar a partida estava mais cômodo, no sentido de explorar o erro adversário. E foi em mais uma falha que o Uruguai ampliou aos 41 minutos do primeiro tempo. O zagueiro não cortou o cruzamento de Lodeiro e Stuani marcou.
O segundo tempo começou com a Jordânia indo para cima. Logo no início, Ibrahim perdeu a melhor chance da seleção da casa ao chutar para fora praticamente da risca da pequena área. O gol certamente poderia dar um tempero ao jogo.
Por fim a Jordânia acabou pagando caro em um lance que contou com a inteligência de Cavani. O atacante do Napoli avançou dentro da área, tirou o goleiro e perdeu o ângulo. Sem se apavorar, tocou para trás e Lodeiro apareceu livre para concluir em gol. A goleada foi concluída com um chute seco de Cristian Rodríguez aos 32 minutos, e na bela cobrança de falta de Cavani nos acréscimos.
O segundo jogo será na próxima quarta-feira, no Centenário. Mas só uma tragédia maior do que a derrota do Brasil na final da Copa de 1950 irá fazer com que os uruguaios não estejam em 2014 para tentar, quem sabe, repetir o milagre 64 anos depois.