Futebol

Gol de Valdívia leva Palmeiras à final da Copa do Brasil

21 jun 2012 às 23:21

Duas semanas após viver um dos piores momentos da sua vida, ao passar por um sequestro relâmpago, Valdivia voltou a sorrir. E não era para menos. No seu primeiro jogo depois do episódio, o chileno entrou no segundo tempo, ovacionado pela torcida, e fez o gol do empate em 1 a 1 com o Grêmio, nesta quinta-feira à noite, na Arena Barueri. O resultado, somado à vitória por 2 a 0 no Olímpico, semana passada, coloca o time paulista na final da Copa do Brasil. Fernando havia aberto o placar.

A decisão, que começa daqui a duas semanas, será contra o Coritiba, que eliminou o São Paulo na outra semifinal. Um sorteio na sexta-feira vai definir os mandos de campo. O Palmeiras, campeão em 1998, com Felipão no comando, vai atrás do bicampeonato. O Coritiba quer um título inédito.


O time paulista não vai poder contar com Henrique na primeira partida da decisão. O zagueiro, que jogou como volante nesta noite, foi expulso no fim do jogo, ao se envolver numa confusão que causou também a expulsão dos gremistas Rondinelly e Edilson.


O JOGO - Quando o árbitro deu o apito inicial para o jogo, boa parte da Arena Barueri estava vazia. A chuva forte e intermitente e o trânsito para chegar à cidade da Grande São Paulo fizeram com que muitos torcedores chegassem atrasados e não vissem Daniel Carvalho perder gol embaixo da trave, aos 2 minutos. Mazinho cruzou rasteiro da esquerda, o meia deu um carrinho, mas a bola foi para fora.


Já com o estádio quase cheio, foi a vez de Maurício Ramos errar na cara do gol. Sem Marcos Assunção, vetado no vestiário, Daniel Carvalho é quem bateu a falta para Artur, que cruzou na área e encontrou o zagueiro livre no segundo pau. Victor fez grande defesa com os pés.


O Grêmio demorou a equilibrar o jogo e chegar com perigo no gol de Bruno. As tentativas eram sempre pelo alto, com o goleiro do Palmeiras mostrando insegurança ao tentar interceptar os cruzamentos. Embaixo da trave, o lance em que mais teve que trabalhar aconteceu aos 34 minutos, num chute forte de Marco Antônio.


Vaiado a cada vez que tocava na bola, Kleber quase abriu o placar aos 44 minutos. Depois de um erro de Henrique, Souza cruzou, Maurício Ramos escorregou e a bola sobrou para o atacante, na cara de Bruno. Sorte do Palmeiras que Artur foi preciso no corte, quando Kleber já preparava o chute.


Precisando vencer o jogo, Vanderlei Luxemburgo mexeu no time no intervalo. Tirou o volante Souza e colocou o atacante Rondinelly. O Palmeiras marcava bem atrás mas, diferente do primeiro jogo, estava disposto também a atacar. Tanto que Felipão tirou Daniel Carvalho para entrar o chileno Valdivia, para a festa da torcida que lotava a Arena.


Antes de o meia resolver o jogo, ele viu Fernando ser protagonista de dois lances. Primeiro, quando o gremista deu uma ''paulistinha'' (joelhada na coxa) no chileno. Como o árbitro não viu, o volante seguiu em campo e, aos 21, abriu o placar. Edilson bateu falta da esquerda, a bola passou por todo mundo, Bruno falhou e Fernando estava no meio da área para fazer no rebote.


Seis minutos depois, Valdivia empatou. O chileno mesmo, que até então não vinha bem, começou a jogada, tocando na esquerda para Juninho. O lateral percebeu o chileno livre no meio, rolou, e Valdivia bateu de primeira para deixar tudo igual. Na comemoração (sem camisa), um efusivo abraço em Luiz Felipe Scolari, mostrando que está tudo bem entre as duas estrelas palmeirenses.


Valdivia começaria também outro lance importante da partida, ao petecar a bola no meio de quatro gremistas. O lance deixou os rivais nervosos e, na sequência, quando Barcos invadia sozinho a área, Rondinelly fez falta por trás e foi expulso. Henrique foi tirar satisfação e levou um soco de Edilson, que também recebeu o vermelho. O zagueiro palmeirense, denunciado pelo bandeirinha, foi mais um a ir mais cedo para o vestiário.

Na cobrança da falta, com o Palmeiras já com um homem a mais em campo, Valdivia acertou a trave esquerda de Victor.


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