Futebol

Geral do Grêmio suspende uso de termo 'macaco' de seus cantos

04 set 2014 às 16:07

O termo "macaco" utilizado para identificar o Internacional e seus torcedores em cantos, especialmente da Geral do Grêmio, está suspenso pela torcida organizada, atualmente sem acesso a Arena do clube gaúcho. As músicas foram citadas pelos auditores do STJD no julgamento desta quarta, que terminou com a exclusão do clube da Copa do Brasil.

Na conta oficial da torcida no Twitter, foi retificada nesta quinta-feira a postura que o líder Rodrigo Rysdyk, o Alemão, já havia afirmado em entrevista para a Rádio Gaúcha. O termo está suspenso pelas lideranças da torcida. Outra organizada, a Torcida Jovem, já havia feito o mesmo.


Os cantos mais costumeiros que usam o termo tem versos como "Olha festa, macaco. Torcida é coração, quem não canta, é amargo. Nunca vai sair campeão" e "Somos campeões do Mundo. Da Libertadores também. Chora macaco imundo, que nunca ganhou de ninguém", entre outras músicas.


A suspensão do termo ocorre depois de uma situação polêmica. Após as reclamações de injúrias racistas do goleiro Aranha, na última quinta, uma das músicas que usa o termo foi cantada na vitória sobre o Bahia, no domingo. A Geral estava suspensa pelo Ministério Público. Sem a banda, alega que é impossível controlar as músicas que são puxadas pela massa, já que o setor não conta apenas com integrantes da torcida.


Após o caso, a torcida foi suspensa pela diretoria do clube, que se manifestou de maneira veemente contra os cantos. Inclusive, internamente, já se cogita a colocação de cadeiras no setor. Uma ameaça de acabar com o setor popular do novo estádio mediante os últimos acontecimentos.

Nesta quinta-feira, a torcedora Patrícia Moreira prestou depoimento na 4ª Delegacia de Porto Alegre na investigação de injúrias raciais a Aranha. O mesmo já aconteceu com outros dois suspeitos. Rysdyk também conversou com a polícia, ontem, mas como testemunha no caso.


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