Horas depois de defender o Santos no empate por 0 a 0 com a Universidad de Chile, em Santiago, no primeiro jogo da final da Recopa Sul-Americana, Paulo Henrique Ganso desembarcou na manhã desta quinta-feira no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde voltou a negar que tenha acertado qualquer acordo com o São Paulo. O jogador, porém, admitiu que "seria um prazer" defender o time do Morumbi, embora enfatize que tem um compromisso a cumprir com o clube da Vila Belmiro.
Na última quarta-feira, o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, ironizou o interesse do São Paulo por Ganso e rejeitou uma proposta feita pelo rival. O dirigente disse que o jogador não está à venda e chegou a sugerir uma hipotética troca envolvendo Luis Fabiano e Lucas, já negociado com o Paris Saint-Germain, para liberar o meio-campista aos são-paulinos.
E Ganso lembrou nesta quinta que não depende apenas dele uma possível transferência para o São Paulo. Ao ser questionado se gostaria de defender o clube do Morumbi, ele respondeu: "Seria um prazer, mas a gente tem que ter consciência de que tenho um contrato com o Santos e tenho de honrá-lo. É bom saber que um clube como o São Paulo se interessa por mim, mas precisa ver se o presidente do Santos vai querer me vender".
Já ao falar sobre uma possível parceria que poderia formar com Luis Fabiano no São Paulo, Ganso despistou ao dizer que hoje já conta com o maior craque brasileiro da atualidade ao seu lado. "Jogo ao lado do Neymar e tenho que ajudá-lo a fazer os gols", completou Ganso.
O meio-campista ainda negou ter conhecimento do fato de que o São Paulo teria lhe oferecido um salário de R$ 420 mil mensais, como chegou a ser especulado nos últimos dias em meio ao processo de negociação do clube do Morumbi para contratá-lo. "Não estou sabendo disso não. Será que ofereceram isso mesmo? Fica a dúvida. Mas quem não quer ter um salário desse?", disse.