Paulo Henrique Ganso cumpriu todas as etapas da fase de recuperação física e agora está na dependência do desempenho nos treinos coletivos da semana para começar a voltar ao time do Santos. Como Muricy Ramalho já adiantou que não vai expor o meia a nenhum risco, o retorno vai obedecer a um cronograma. Ganso deverá atuar apenas no segundo tempo do jogo contra o Atlético-PR, sábado à noite, no Pacaembu.
O planejamento especial se justifica. As duas lesões musculares que Ganso sofreu em menos de seis meses podem estar relacionadas ao seu retorno da operação no joelho esquerdo. A volta ocorreu antes de completar o prazo de oito meses de tratamento estipulado pelo traumatologista José Ricardo Pécora, que realizou a cirurgia. Outro motivo é que Muricy acredita que o meia precisa se movimentar constantemente em campo para render o seu máximo e que, por isso, tem que estar 100% fisicamente. Não foi o que aconteceu nos seus 10 jogos pelo Santos no Campeonato Brasileiro, tanto que em alguns deles chegou a ser vaiado.
"Ele se preparou bem para voltar na decisão da Copa Libertadores e por isso teve grande atuação", lembrou Muricy, referindo-se ao segundo jogo contra o Peñarol do Uruguai, em junho.
Nos últimos dias, Ganso tem corrido, conduzindo a bola em volta dos campos do Centro de Treinamento Rei Pelé, e feito embaixadinhas, além de dar piques e fazer exercícios nos aparelhos da academia do CEPRAF, mas ainda não se arriscou a chutar forte. Por sua vontade, teria voltado contra o Botafogo, mas a comissão técnica adiou o quanto pôde a participação dele nos treinos com bola. E sem treino como bola, não tinha como voltar a jogar.
Nesta terça, às 10h, na reapresentação do elenco, é provável que Muricy atenda ao insistente pedido de Ganso, liberando-o para participar do seu primeiro treino técnico ou de dois toques, passo inicial para retornar ao time e estar no ponto ideal no dia 14 de dezembro, quando o Santos estreia no Mundial de Clubes.