A intensa preocupação com a segurança para a Eurocopa deste ano tem feito a França concentrar seus esforços nesta questão, e nesta terça-feira o país anunciou mais uma novidade. De acordo com os organizadores do torneio, será utilizada uma tecnologia anti-drone para interferir e controlar qualquer aparato voador que viole as restrições aéreas sobre os estádios durante as partidas.
O chefe de segurança da Eurocopa, Ziad Khoury, disse em entrevista à agência The Associated Press que haverá restrições aéreas sobre todos os dez estádios que sediarão as partidas, assim como nos locais de treinamento das 24 seleções, durante todos os dias do torneio, entre 10 de junho e 10 de julho.
"Temos notado a proliferação do uso de drones na sociedade. Assim, haverá restrições aéreas em cada campo de treinamento e cada estádio, e na maioria do estádios e para a maioria das partidas implementaremos medidas anti-drones, que são bastante inovadoras, para interferir com drones e controlá-los se forem detectados", explicou.
O temor das autoridades é que drones sejam utilizados para lançar substâncias químicas na multidão. Em um treinamento em abril na cidade de Saint-Étienne, uma das sedes da Eurocopa, foi simulado o cenário em que um drone sobrevoou o estádio Geoffrey Guichard com estas substâncias. "Quando nos preparamos para um evento deste tamanho, temos que imaginar todas as situações possíveis", afirmou Khoury.
Se a segurança é uma preocupação natural para um evento esportivo desta importância, no caso da Eurocopa deste ano a expectativa é ainda maior por causa dos ataques terroristas ocorridos em Paris no ano passado. No dia 13 de novembro, 130 pessoas foram mortas e outras centenas foram feridas em ataques que aconteceram em diversos pontos da capital francesa.