O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) apreendeu quase R$ 100 mil na sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A apreensão ocorreu, sexta-feira (23), durante desdobramento da Operação Cartão Vermelho, ação que prendeu nove pessoas suspeitas de desvios de verbas, estelionato, fraudes e apropriação indébita.
Segundo o delegado-chefe do Nurce, Sérgio Inácio Sirino, o dinheiro não está contabilizado em nenhum registro contábil da FPF. "É mais um fato que reforça e embasa toda nossa investigação. É uma prova do caixa dois que era realizado na FPF", afirmou.
De acordo com Sirino, havia R$ 92 mil dentro do fundo falso de um cofre na FPF. "Depois do fim do inquérito, continuamos as investigações e descobrimos o dinheiro na FPF", afirmou o delegado. Durante os novos depoimentos dos acusados, a polícia descobriu que o dinheiro apreendido não havia sido contabilizado pela FPF. "Os depoimentos também mostraram que o dinheiro ainda não tinha destino", explicou.
Operação - Nove pessoas foram presas, no último dia 6, suspeitas de usar a Federação Paranaense de Futebol (FPF) para cometer desvios de dinheiro, fraudes, estelionato e apropriação indébita. As prisões foram realizadas pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), durante a Operação Cartão Vermelho. Entre os presos está um conhecido "cartola" do futebol brasileiro, o ex-presidente da FPF, Onaireves Rolim de Moura, 60 anos, apontado pela polícia como líder do grupo.