No apito final, os jogadores do Fluminense festejam. Trocam cumprimentos e correm em direção à torcida, que se agita na arquibancada e nas cadeiras do Maracanã. Parecia que o clube havia conquistado um título. Mas a causa era menos nobre. A equipe carioca apenas se reencontrou com a vitória. De forma sofrida, ganhou de virada do Avaí, por 3 a 2, e acabou com um jejum de 11 partidas sem vencer - a última vez foi em 6 de agosto, quando fez 5 a 1 sobre o Sport, no Rio.
A grande questão, no entanto, é que não há tanto motivo para festa. Apesar do resultado favorável, o Fluminense ainda se encontra em situação delicadíssima no Campeonato Brasileiro - está na zona de rebaixamento, agora com 21 pontos. Assim, precisa vencer pelo menos nove dos 12 jogos que lhe restam. Para o Avaí, a derrota no Maracanã diminuiu a chance de brigar por uma vaga na Libertadores: parou nos 37 pontos.
"Os torcedores estão de parabéns. Dedico a vitória eles. Estão acreditando na gente", comemorou o volante Diguinho, elogiando o poder de superação do Fluminense, que ficou em desvantagem no placar por duas vezes no jogo. "Essa vitória vai dar uma aliviada", disse o jovem lateral-esquerdo Dieguinho, outro empolgado com o fim do jejum do time carioca.
O primeiro tempo terminou 2 a 2 e foi marcado pelo show de lambanças das ambas as zagas. Os defensores dos dois times cometeram erros bisonhos, infantis. A do Fluminense, então, é mestre em levar sua torcida à loucura. O Avaí largou na frente, com um gol do atacante William logo aos oito minutos. Mas Alan deixou tudo igual pouco depois, aos 14.
Muriqui, então, fez 2 a 1 para o Avaí aos 30 minutos. Aí, o zagueiro Anderson resolveu ‘ajudar’ o Fluminense. Perdeu a bola para Conca, que tocou para Fábio Neves empatar a partida novamente, aos 43. Já no segundo tempo, o time carioca conseguiu a virada aos 13. Gol de Alan, o destaque da partida, para alegria dos esperançosos torcedores tricolores.