O Flamengo fez uma janela bem acima do previsto para encerrar a lista de contratações em 2024. Com mais quatro reforços, o clube precisou correr atrás de nomes de peso para suprir as ausências com os lesionados e resolver as lacunas do time de Tite.
Michael, Charly Alcaraz, Alex Sandro e Gonzalo Plata foram os escolhidos. Os dois primeiros já fizeram suas estreias. Os outros dois estão regularizados e aguardam Tite.
O Flamengo fecha a janela com aproximadamente 21,8 milhões de euros em gastos (cerca de R$ 133,9 milhões). Esse valor deve aumentar com a compra de uma porcentagem maior de Gonzalo Plata a partir das metas estabelecidas.
O Flamengo previa cerca de R$ 160 milhões para contratar em 2024. Esse valor foi ultrapassado com folga, chegando a R$ 310,69 milhões só com aquisição de direitos. Algumas vendas ajudaram o orçamento a ficar mais elástico.
Os dois nomes contratados para suprir a ausência dos lesionados chegaram sem custos para aquisição dos direitos. Michael rescindiu com o Al-Hilal e Alex Sandro estava sem contrato após o fim do vínculo com a Juventus. O valor das luvas e outros pagamentos só será conhecido quando for divulgado o balanço. Eles chegam para as vagas de Everton Cebolinha e Matias Viña.
O meio era uma prioridade do Flamengo para a janela. Alcaraz é versátil nesse sentido, apesar de atuar mais na posição ocupada atualmente por De la Cruz. O principal nome para o setor no radar era Claudinho, mas novamente as negociações não avançaram com o Zenit.
A ponta-direita também era um objetivo. O Flamengo já observava a posição desde o começo do ano, quando tentou a contratação de Luiz Henrique, nesta quarta-feira (4) no Botafogo. Se não quis fazer o investimento pedido pelo Real Betis naquele momento, o Rubro-negro entendeu que era a hora. O jogador do alvinegro custou R$ 106,6 milhões, enquanto Plata tem valor de compra total dos 100% dos direitos em 8,3 milhões de euros (R$ 52,1 milhões).
O Flamengo planejava uma janela bem mais simples. Com as chegadas de De la Cruz, Viña, Léo Ortiz e Carlinhos no começo do ano, a ideia era fazer somente alguns ajustes. Mas a situação dos lesionados e as oportunidades de mercado fizeram o clube recalcular a rota.
O Fla teve sonhos mais ousados. Além de Claudinho, que custaria cerca de 15 milhões de euros (R$ 80 milhões), o clube também buscou Lucas Paquetá. O West Ham, porém, nem quis ouvir.
O clube só foi se movimentar com mais reta final. Nos últimos dias de janela, dirigentes foram à Europa acertar com os três últimos nomes. Lá, encaminharam a venda de Igor Jesus parA o Estrela Amadora (POR) e colocaram Deivid Washington no radar, mas a falta de acordo com o Chelsea e o pouco tempo travaram o negócio pelo jovem atacante.
META DE VENDAS FICA LONGE
O Flamengo ficou distante da meta prevista em vendas de jogadores. O orçamento de 2024 previa R$ 103 milhões em receitas, mas o clube ficou abaixo dos R$ 75 milhões.
As saídas frustradas de Wesley e Fabrício Bruno complicaram. Os dois poderiam ter ido para a Europa nesta janela, mas diferentes problemas impediram as saídas e o dinheiro no caixa do Fla.
O clube sabia que os valores seriam importantes para o ano. Por Wesley, a Atalanta ofereceu 20 milhões de euros (R$ 124,7 milhões), dos quais 16 milhões de euros (R$ 99,7 milhões) eram fixos. Por Fabrício Bruno, o West Ham ofereceu 15 milhões de euros (R$ 93,53 milhões), enquanto o Rennes sinalizou com 14 milhões de euros (R$ 87,2 milhões).