Futebol

Flamengo e Vasco não saem do zero no primeiro jogo da semifinal

12 abr 2015 às 18:23

O Vasco foi mais presente, mas não soube transformar o maior volume de jogo em gols, encontrando Paulo Victor no caminho, daí o 0 a 0 que empurra a decisão da vaga para a próxima semana. Que ninguém tenha dúvida: o Flamengo jogou com a cabeça no empate, o que é sempre um risco, principalmente no próximo jogo, dada a necessidade total de vitória do clube de São Januário.

O Vasco já começou melhor, mostrando muita raça, inibindo os já tradicionais contra-ataques do adversário, apertando a marcação na saída de bola. Aos cinco minutos, Yago apanhou uma sobra, mas demorou a concluir. Aos 11, Jonas deu uma pernada violenta em Gilberto, e o cartão amarelo, cá entre nós, ficou barato. Com receio de perder Jonas, Vanderlei Luxemburgo trocou o "Schweinsteiger do Sertão" por Everton, promovendo a mudança tática que tornou o Flamengo mais veloz. Tanto que desperdiçou pelo menos três oportunidades excelentes, a mais evidente com Marcelo Cirino, que chegou a desviar, na pequena área, para fora. Vale lembrar, porém, que havia equilíbrio, e de tal forma que Luan obrigou Paulo Victor a praticar defesa espetacular.


No intervalo, Doriva substituiu Yago por Rafael Silva, buscando, quem sabe, ampliar o poder ofensivo cruz-maltino. Na realidade, levando-se em conta a quantidade de cartões, todos bem aplicados, que o Flamengo passou a receber, o Vasco incomodava mais, mesmo porque o time vermelho e preto não conseguia acertar as saídas de bola, invariavelmente bloqueadas na intermediária. Paulinho entrou na vaga de Alecsandro, que não estava jogando nada. Doriva lançou Dagoberto e Bernardo. A ordem era atacar.


Assim, na prática, apenas o Vasco criava chances de fato, a primeira com Rafael Silva, e a segunda com Bernardo, ambos livres na pequena área, para intervenções de luxo do goleiro rubro-negro. De qualquer forma, a partida seguia amarradinha, com tremenda carinha de 0 a 0. Não seria exagero afirmar que o Flamengo parecia satisfeito com o empate, porque leva tal vantagem no duelo, daí os muitos chutões para todos os lados, as tais bolas rifadas que não levam a lugar algum. Nada além disso. Se o objetivo era este, metade do caminho está andado.

Domingo que vem começa tudo de novo. E tudo é possível.


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