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Filipe Luís fez um movimento ousado ao tirar Gabigol para colocar Fabrício Bruno na classificação do Flamengo contra o Corinthians após a expulsão de Bruno Henrique. Se pegou muitos de surpresa no primeiro momento, a ideia já é estudada pelo treinador. Testando o time com até dois a menos, o ex-lateral já tem planejamentos para vários casos.
O QUE ACONTECEU
A escolha de Filipe influenciou diretamente no desenho do jogo. Sem um atacante, o Flamengo se fechou, povoou o meio-campo e deu a bola para um inoperante Corinthians tentar atacar. O resultado foi pouco sofrimento e segurança defensiva.
Filipe Luís tenta prever todas as possibilidades. Ele anota as situações e se planeja para os mais diferentes cenários dentro de uma partida. Estudar é uma das principais formas de trabalho do novo treinador, que gosta de levar dados, vídeos e demonstrar situações em campo nos treinamentos.
Expulsões são sempre previstas pela comissão técnica. Eles têm o costume de treinar o time pensando nessa possibilidade, seja com um ou até dois a menos. O Flamengo já sofreu mais em outros momentos do ano em que perdeu um jogador expulso.
A experiência como jogador também ajuda Filipe Luís. Uma vitória do Flamengo de Jorge Jesus contra o Independiente del Valle com a expulsão de Arão e outros inúmeros duelos ao longo da carreira do ex-lateral com Diego Simeone no Atlético de Madri auxiliam na montagem da equipe.
Filipe Luís poderia ter esperado o intervalo, já que a expulsão aconteceu aos 27 minutos, mas quis dar uma resposta imediata. Com isso, acabou precisando segurar até a reta final a última parada para substituição. Michael entraria ao longo da partida, mas acabou ficando fora pelas circunstâncias.
Decidimos rápido porque já estava previsto com a comissão se isso acontecesse. Decidimos muito rápido. O time tem que ter uma resposta imediata do treinador nesse momento para saber o que fazer. Eles foram sublimes.
Tenho experiências jogando com um e dois a menos, até a mais também. Eu acho que estou aqui falando com o resultado positivo, mas a decisão foi firme e convicta. Nem sempre vai ser o caminho certo, mas esses jogadores querem tanto que fazem acontecer. Filipe Luís, em entrevista coletiva