Futebol

Fifa pede que estádios não recebam shows até a Copa

14 mar 2014 às 16:53

A Fifa não gostou nada de ver o gramado da Arena Castelão todo danificado após show do astro Elton John, realizado no início deste mês. E nesta sexta-feira, no 4º Seminário de Preparação de Gramados, no Museu de futebol, no Pacaembu, fez uma recomendação direta: os estádios para o Mundial não devem mais realizar shows de agora até a competição, marcada para começar em junho.

Este foi o terceiro show em Fortaleza e sempre o saldo pós evento foi de gramado danificado. Elton John também se apresentou na Arena Fonte Nova, em Salvador, mas lá o piso acabou preservado. Mas, como a maioria das arenas serão multiuso, a ordem é que planejem seus shows só após o fim da Copa para dar 100% de condição aos jogadores das 32 seleções de realizarem um trabalho perfeito no meio do ano.


Curiosamente, os outros três seminários aconteceram em Fortaleza (2011) e Salvador (abril e outubro de 2013). "A função do comitê é mitigar riscos e não se furtar a dar conselhos às sedes e aos CTs (Centro de Treinamentos das Seleções) para que tenhamos os melhores gramados", afirmou Frederico Nantes, gerente-geral de competição e serviços do Comitê Organizador Local (COL). "A partir do segundo semestre de março, esperamos não ter nenhum show nos estádios da Copa. Não somos donos do estádios, mas essa é a nossa recomendação."


Desde 2011, a Fifa e o COL fazem visitas às 12 sedes e ensinam como os gramados devem ser tratados. A engenheira agrônoma Maristela Kuhn, ao lado de 237 outras pessoas, vem ensinando como não apenas o piso dos estádios, mas também dos 32 CTs que receberão as seleções, devem tratar seus gramados. Os responsáveis dos Centros de Treinamento vêm recebendo lições de que como devem aparar a grama, qual deve ser sua espessura e como deve ser o tratamento diário.


Não bastasse isso, todos os CTs devem proporcionar às seleções o mesmo gramado que vão utilizar no estádio, no treino de dois dias antes. Tudo para as seleções não treinarem num piso e depois encararem outro, totalmente diferente, o que dificultaria seu trabalho. "Queremos padronizar os CTs e os estádios", disse Maristela.

O ex-capitão da seleção brasileira Cafu, campeão mundial em 1994 e 2002, vem acompanhando de perto todo o trabalho e servindo de orientador para os clubes.


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