O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva em Brasília, que a entidade não vai arcar com o custo de estruturas temporárias no entorno dos estádios da Copa do Mundo. O debate sobre o tema ameaça Porto Alegre, uma vez que o Internacional não deseja arcar com os custos destas obras no entorno do Beira-Rio.
"O que posso dizer é que um estádio da Copa não pode ficar sem estrutura", disse. "Se a Fifa vai pagar, a resposta é não", complementou Valcke, que no último domingo esteve presença na Arena Amazônia, em Manaus, no início da série de visitas que faz nesta semana em cidades-sede do Mundial.
Ele afirmou que a Fifa não se pronunciou ainda sobre a exclusão de nenhuma cidade-sede e reafirmou que a situação de Curitiba será definida nesta terça-feira. Disse que não poderia afirmar nada sobre o caso da Arena da Baixada porque somente após a visita de técnicos à capital paranaense nesta terça-feira a decisão será tomada. "Não é apenas pelo prazer de segurar a informação", brincou.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou ainda que o relatório do Ministério Público do Mato Grosso, questionando o laudo apresentado pelos construtores da Arena Pantanal, não é conclusivo e pediria apenas uma nova avaliação para saber se houve algum dano estrutural causado por um incêndio ocorrido em outubro de 2013. Aldo descreveu o incidente como "pequeno incêndio" e destacou que as obras estruturais da arena estão concluídas, faltando apenas instalações elétricas e hidráulica, além de acabamento para a conclusão.
Em relação a Brasília, o gramado do Mané Garrincha foi aprovado. Valcke considerou que a realização de apenas mais três jogos até a Copa é o ideal para dar ao campo o descanso de que necessita. O secretário-geral da Fifa afirmou que o estádio é um de seus preferidos. "Está até melhor que muitos estádios europeus", elogiou.