A FIFA declarou oficialmente, em seu relatório financeiro anual publicado nesta sexta-feira, que teve lucros que giraram em torno de US$ 196 milhões em 2009. Além disso, a entidade divulgou ter aumentado as suas reservas econômicas para mais de US$ 1 bilhão em ações.
A entidade, que anunciou os enormes lucros em meio a uma das piores crises econômicas do mundo, festejou as cifras que contabilizou em seu caixa. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou estar "contente". "Estamos tranquilos. Não diria que somos ricos. Conseguimos um bom resultado", afirmou o dirigente, depois do final de uma reunião de dois dias do comitê executivo da entidade.
Blatter acrescentou que o relatório financeiro que apresentou foi uma demonstração de que escolher a África do Sul como sede da próxima Copa do Mundo acabou sendo "uma boa decisão econômica e comercial".
A Fifa tem se esforçado para aumentar as suas reservas financeiras nos últimos anos para o caso de um Mundial ser suspenso e a entidade ter que devolver o dinheiro investido aos seus parceiros comerciais. A meta inicial da entidade era alcançar US$ 800 milhões de lucro em ações em 2010, mas já superou esse objetivo ao declarar já ter um patrimônio de US$ 1,061 bilhão.
A entidade que dirige o futebol mundial ressaltou também que a sua saúde econômica depende quase que exclusivamente da Copa do Mundo e que essa cifra de mais de US$ 1 bilhão apenas cobrirá os custos dos próximos 18 meses. "A Fifa atravessou a turbulência dos mercados financeiros e a recessão mundial sem nenhum arranhão e saiu da crise e uma posição muito forte", disse um trecho do informe que a entidade distribuiu nesta sexta-feira.
A Fifa garantiu que distribuirá parte dos seus lucros, a maioria obtidos por meio de contratos de mercado e com canais de televisão, às confederações associadas à ela. Segundo a entidade, cada confederação continental receberá US$ 2,5 milhões e cada associação nacional US$ 200 mil.