Felipe Melo demonstrou no domingo que será um personagem especial no Palmeiras. Ele comandou a equipe, discutiu com os adversários, ironizou o árbitro e comprovou que será um dos líderes da equipe mesmo quando não conseguir fazer uma grande partida, como aconteceu na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, no Allianz Parque, pela primeira rodada do Campeonato Paulista.
Pilhado, Felipe Melo correu, gesticulou e gritou com os companheiros e com os adversários durante todo o jogo. Travou uma batalha particular com o lateral-direito Samuel Santos, com direito a trocas de ofensas e trombadas. Em determinado momento, o palmeirense desarmou o rival e comemorou gritando em seu rosto. O árbitro deu uma bronca no volante, que pegou sua munhequeira, colocou na boca e saiu andando, em tom de deboche, como se estivesse certo ao agir agressivamente.
"Essas coisas animam o torcedor, que é o nosso combustível que vem de fora. Foi um momento importante, que eu consegui tirar uma bola do lateral-direito deles, acho que isso é importante e válido em jogos importantes como esse", disse o volante, ao final da partida.
Apesar do clima de guerra, ele acabou o jogo sem levar cartão. No final, Felipe Melo fez questão de cumprimentar Samuel Santos. As desavenças ficaram no gramado. "Quando ele chegou, falaram que ia ser expulso todo jogo e não vi nada disso. Ele não é desleal. É um líder nato", resumiu o técnico Eduardo Baptista.
Polêmico, o volante nega que se irrite com dribles ou provocações. "Não tem nada de jogada de efeito, futebol é isso mesmo. Sou fã do Neymar e o Neymar só faz jogada de efeito, acho que faz parte, tem que dar caneta e lençol, mas o defensor tem que tentar marcar e tentar tirar, como eu faço", comentou.