A convocação da seleção brasileira para os amistosos contra Itália e Rússia, anunciada nesta terça-feira, trouxe como grande novidade a troca de Ronaldinho por Kaká. Em entrevista coletiva, o técnico Luiz Felipe Scolari tentou explicar a decisão e prometeu que os dois jogadores, que já foram eleitos como melhor do mundo, vão receber as mesmas chances até a convocação para a Copa das Confederações.
"O Kaká está sendo convocado dentro daquela igualdade que vou dar a todos os atletas. Um, dois jogos no mínimo", explicou o Felipão, justificando a opção pelo meia do Real Madrid, chamado junto a Lucas (PSG), Oscar (Chelsea) e Hernanes (Lazio).
Na reestreia do técnico à frente da seleção brasileira, contra a Inglaterra, em 6 de fevereiro, Felipão optou por chamar Ronaldinho e não Kaká, que não vinha jogando com constância no Real Madrid. Agora é o atleticano quem não enfrenta a Itália, dia 21 de março, em Genebra, e Rússia, dia 25, em Londres.
Mas, de acordo com o planejamento de Felipão, Ronaldinho volta à equipe para enfrentar o Chile, dia 24 de abril, no Mineirão, quando só jogadores que atuam no Brasil poderão ser convocados. Com isso, os dois concorrentes terão cada um duas partidas para convencer o treinador de que merecem jogar a Copa das Confederações.
"Não esqueçam que eu tenho o jogo de 24 de abril, com os jogadores que atuam no Brasil. Depois desse jogo é que eu vou ter uma ideia total de quem convocarei para a Copa das Confederações", lembrou Felipão, logo no início da entrevista coletiva, já prevendo uma enxurrada de perguntas sobre Kaká e Ronaldinho.
Scolari, depois, foi questionado sobre a possibilidade de os dois craques atuarem juntos ou mesmo irem juntos à Copa das Confederações. E deixou a dúvida no ar. "Não sei. Vou primeiro observar esses quatro jogos com atenção para observar o que vou fazer", explicou.