Em texto confuso divulgado por sua assessoria de imprensa, o técnico Luiz Felipe Scolari tentou explicar, na tarde desta terça-feira, os motivos do seu pedido de demissão do Grêmio, anunciado mais cedo. "Eu deixei o Grêmio porque o planejamento que nós tínhamos no ano passado, junto ao 'doutor' Fábio Koff, que havia imaginado uma situação um pouco mais difícil do que aconteceu. E que o Grêmio estava em 11.º muito próximo da linha de descenso", começa a nota.
O comunicado explica que, ao assumir o Grêmio, Felipão tinha como primeiro objetivo tirar o clube do risco de rebaixamento no Brasileirão de 2014. "Chegamos a estar quase entre os classificados para a Libertadores. Nos últimos quatro jogos do ano passado é que deixamos escorrer essa situação pelas mãos e não classificamos", argumenta o treinador.
Ainda segundo Scolari, a segunda meta era conquistar o título gaúcho deste ano, mas o Grêmio perdeu a decisão para o Inter. "Num segundo objetivo, para que nós tivéssemos um ano tranquilo e projetos para o ano de 2015, que era a conquista do título Gaúcho, eu não consegui. E fiquei em débito junto ao 'doutor' Fábio. Que não nos acompanhou mais por estar muito doente. E ficou esta situação de débito. E eu achei que em débito deveria conversar com o presidente atual e colocar o meu cargo à disposição".
Fábio Koff foi o presidente responsável pela contratação de Felipão, no ano passado. O dirigente não concorreu à reeleição e foi substituído por Romildo Bolzan Júnior, chegando a assumira a vice-presidência de futebol. Koff, entretanto, deixou o cargo alegando problemas pessoais e, desde 22 de abril, está internado com doença respiratória.