A torcida alviverde deixou o Pacaembu chamando o time de "sem vergonha" devido à eliminação nas semifinais da Copa Sul-Americana com a derrota por 2 a 1 para o Goiás. E os palmeirenses que se dispuseram a conceder entrevistas após o jogo deram razão às arquibancadas e admitiram que a palavra "fracasso" cai bem para qualificar o resultado do time nesta quarta-feira.
Depois de vencer o jogo de ida por 1 a 0, na semana passada, em Goiânia, o Palmeiras precisava apenas do empate diante de um Goiás que acabou de ser rebaixado no Campeonato Brasileiro. Começou na frente, mas sofreu o empate nos acréscimos do primeiro tempo e sofreu a virada a nove minutos do fim do jogo.
"Fracasso, vexame, é a palavra deles. Foi vergonhoso mesmo. Nós não vamos ficar aqui escondendo nada", disse Luiz Felipe Scolari na entrevista coletiva, que só começou quase depois de 40 minutos de encerrada a partida. "Quero dizer à torcida que eles têm razão de nos criticar. Eles fizeram o seu papel e nós não fizemos o nosso."
O técnico considera que o Palmeiras perdeu a classificação nos detalhes. "Aos 47 do primeiro tempo, num jogo tranquilo, tomamos um gol. Depois, tomamos um gol aos 30 e poucos minutos numa bola que normalmente é dominada", disse Felipão, que também reclamou da ausência de um centroavante de ofício em seu elenco. "Nós não temos um bom cabeceador aqui para decidir os jogos. O Goiás tem."
Dilema. Felipão viverá uma dilema a partir de agora. Se o Palmeiras fosse à final da Sul-Americana, enfrentaria o Fluminense, domingo, em Barueri, com time reserva, como já fez contra o Atlético-MG, na última rodada. Mas, com a eliminação, fica a dúvida de qual formação irá a campo para disputar uma partida que vai interferir na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro e pode até mesmo beneficiar o arquirrival Corinthians em caso de vitória palestrina.
O técnico não quis adiantar o que fará, e isso só deve ser conhecido na sexta-feira, já que o elenco folgará nesta quinta. "Vou ver amanhã (quinta). Tenho que pensar ainda sobre algumas coisas de hoje (do jogo desta quarta)", disse Felipão. "Todo mundo quer jogar, mas depende do professor", disse o zagueiro Maurício Ramos.