A conversa tem sido intensa. De meia em meia hora, aproximadamente, a troca mensagens ou chamadas de vídeo acontece. A mais de 11 mil quilômetros de distância, o agente de futebol Claudinei Matos tem acompanhado a situação do filho Vitor Eduardo Matos, o Vitão. O zagueiro de 22 anos é jogador do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e assim como outros brasileiros que estão no país tem vivido o medo do conflito entre ucranianos e russos. O atleta é natural de Jacarezinho, no Norte Pioneiro.
O clima que já era tenso virou uma guerra desencadeada com o bombardeio da Rússia contra áreas da Ucrânia e a invasão de terras, na quinta-feira (24). “A tensão é grande. Ele está esperando definir se terão jogos, se o campeonato vai continuar. Ele aguarda uma definição para saber o que vai fazer”, comentou o pai. Após a invasão, o campeonato ucraniano foi suspenso. O Shakhtar mudou de sede em 2014, saindo de Donetsk e indo para Kiev, por conta dos embates no leste da Ucrânia.
Vitão está abrigado em um hotel em Kiev, na capital do país. Com ele estão a esposa e o filho, de apenas três meses. Outros jogadores do Shakhtar e também do Dínamo de Kiev estão no mesmo hotel, onde consideram ter mais proteção neste momento. Nas redes sociais, ele os demais jogadores pediram ajuda do governo brasileiro para voltar com segurança.
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