O Corinthians divulgou nota oficial, no início da tarde desta terça-feira, para comunicar que finalmente conseguiu entrar em contato com os familiares do torcedor Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, morto no último dia 20 de fevereiro, em Oruro, na Bolívia, atingido por um sinalizador que partiu da torcida corintiana no Estádio Jesus Bermúdez.
Um mês após a tragédia ocorrida na estreia corintiana nesta Copa Libertadores, contra o San José, o clube também informou que a família de Kevin recusou uma "ajuda humanitária" oferecida, depois de, segundo o clube, ter evitado se comunicar com a direção do time por três vezes.
O clube revelou que as duas últimas tentativas de contato com os familiares de Kevin ocorreram no domingo e nesta segunda-feira. E as mesmas foram intermediadas pelo Vice-Consulado do Brasil em Cochabamba, na Bolívia, sendo que o Corinthians alega que apenas no quarto contato "recebeu uma resposta positiva para que a conversa fosse realizada".
O Corinthians disse que não procurou diretamente a família do torcedor em "respeito à memória do menino e à dor dos parentes", mas que depois, em dois contatos da direção com o pai de Kevin, Limbert Beltrán, "reforçou o luto e o pesar pelo precoce falecimento do torcedor, no último dia 20 de fevereiro, em Oruro (BOL)".
Em seguida, o Corinthians destacou, em sua nota oficial, que "nenhuma ação vai desfazer o triste episódio e acabar com a dor da família" e "respeita a decisão da família de Kevin e reforça o seu sentimento de tristeza pelo precoce falecimento do torcedor".
No último dia 14, a diretoria corintiana já havia se pronunciado oficialmente para dizer que fracassou em três tentativas de contactar os familiares de Kevin. Na ocasião, o clube informou que a família pediu mais tempo para falar com os dirigentes sobre a tragédia. Na semana da morte do garoto boliviano, o Corinthians também chegou a prometer que iria oferecer uma ajuda financeira aos familiares do torcedor, assim como fez o San José.