Alessandro era um porta-voz do Corinthians. Aposentou-se e passou o bastão para Fábio Santos. O lateral-esquerdo, bem articulado, agora é quem fala em nome do grupo. E ele não se omite. É sincero e revelou que o grupo está focado a se vê na obrigação de "apagar a má imagem" após um estadual decepcionante.
"Nosso objetivo é melhorar, óbvio que o que a gente fez no Paulista não gostaríamos de repetir. Nossa obrigação era ao menos se classificar e tentar chegar às semifinais", enfatiza Fábio Santos. "A gente vê que é notório a evolução, principalmente nos treinamentos, nesse dois amistosos que tivemos (vitórias sobre Ponte Preta e Audax), a evolução tática mudou bastante. Foi bom esse tipo de treinamento e a expectativa é a melhor possível de se fazer um Brasileiro bem melhor do que o começo de ano."
Até a largada no Nacional, diante do Atlético-MG, dia 20, terão sido 27 dias apenas de treinos, sem jogos oficiais. E essa fase de preparação é a esperança para que o clube largue bem e some pontos para brigar pelas primeiras posições desde início.
Em 2011, ainda com Mano, o time figurou entre os melhores desde o início e brigou pela taça até a rodada decisiva. No ano seguinte sagrou-se campeão após arrancar com nove vitórias nos primeiros dez jogos, já sob o comando de Tite.
A meta corintiana é chegar na pausa da Copa do Mundo, dia 1.º de junho, "no bolo de cima", como frisa Mano Menezes. Até pelo fato de depois o clube ganhar o reforço de Elias e possivelmente de um atacante de ponta. "Estamos trabalhando forte, ganhando entrosamento para darmos uma boa arrancada", completa o também lateral Fagner.
O esquema sem centroavante, com dois meias de articulação, já agrada. "Nossa equipe está em fase de crescimento. Na maneira de defender não muda nada, mas com dois armadores e dois jogadores de frente em constante deslocamento, fica mais fácil para criar as chances de gols", garante Fábio Santos, que não vê a hora de Elias estar no campo para ajudar ainda mais.
"Eu vendo de outra posição é bom, quanto mais qualificar o elenco, melhor pra gente. Elias é do mesmo peso de Emerson, vai chegar e jogar, a gente sabe da capacidade dele e quem for sair vai entender como é perder a posição para um jogador dessa qualidade. Ele não jogando na lateral-esquerda, em qualquer lugar vai ser bem-vindo ao grupo e ajudar muito."