Foi de Caio Paulista o primeiro gol do São Paulo dentro do Allianz Parque e que freou a tentativa de reação do Palmeiras nas quartas de final da Copa do Brasil. Seis meses depois, o lateral-esquerdo pode reforçar o rival após ser considerado peça certa no Tricolor em 2024; e isso transformou o herói em vilão.
São Paulo anunciou que lateral ficaria. Após a conquista da Copa do Brasil, o São Paulo falou para quem quisesse ouvir que iria exercer o direito de compra de Caio Paulista, emprestado pelo Fluminense, e ficar com o jogador em definitivo. O diretor de futebol, Carlos Belmonte, chegou a cravar a permanência no palco da festa do título.
Após anúncio, acordo ficou estacionado. O São Paulo comunicou o Fluminense sobre seu interesse em exercer a cláusula de compra de Caio Paulista, mas pediu para negociar a forma de pagamento. A negociação teve idas e vindas, mas nunca chegou a um denominador comum.
Versões diferem entre clube e agentes. Enquanto os empresários de Caio Paulista salientam que nunca houve um acordo final para que o São Paulo pagasse a cláusula de compra ao Fluminense, os bastidores do Tricolor paulista dão conta de que o clube via o acordo como certo e alinhado com os mesmos empresários, como uma troca de e-mails que o UOL teve acesso.
Prazo venceu, e nome de Caio voltou ao mercado. O prazo para exercer a compra do jogador ia até o último dia 15 e, sem a formalização do acordo, os empresários do lateral jogaram o nome do atleta no mercado como disponível. A boa entrada do agente no Palmeiras colaborou para que o rival entrasse forte na briga para ficar com o jogador.
O torcedor do São Paulo considerou traição a atitude de Caio Paulista. Nas redes sociais, os são-paulinos deixaram clara sua revolta com o lateral-esquerdo, que chegou a falar por vezes que queria seguir no Tricolor e, no palco da festa do título da Copa do Brasil, confirmou que estaria tudo certo para seguir no clube.
Provável acerto com rival piora situação. Além da permanência prometida não ter se concretizado, a provável ida do jogador para o Palmeiras revolta ainda mais o torcedor tricolor. A atitude tem sido vista como 'ingratidão' e questionada sobretudo pelo próprio atleta não ter se posicionado favorável a seguir no clube ao invés de abrir as portas para uma saída a um rival.