A Fifa revelou nesta segunda-feira que as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 vão começar pela Ásia, no mês de junho, faltando três anos e cinco meses para o início do Mundial que será disputado no Catar. Para os demais continentes, os detalhes da programação ainda estão sendo ajustados.
O anúncio foi feito após reunião do Comitê Organizador de Competições, liderado por Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, em Zurique. Os dirigentes evitaram projetar datas para o início das Eliminatórias nas demais confederações em razão de questões políticas que ainda envolvem a futura Copa.
A principal se refere ao tamanho do Mundial: se terá 32 ou 48 seleções. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, já defendeu publicamente mais de uma vez uma versão ampliada do Mundial. Mas sofre rejeição por parte dos organizadores locais do Catar.
A futura sede do Mundial não quer dividir parte do evento com outros países. Além disso, teria dificuldade para fazê-lo porque tem diferenças diplomáticos com a maior parte dos seus vizinhos no Oriente Médio.
Pesa também a questão logística. O Catar já está construindo oito estádios para receber 64 jogos de uma Copa programada para ter 32 seleções. Para um evento maior, com 48 times, o ideal seriam 12 arenas, para 80 partidas.
Diante desta indefinição, que afetaria totalmente o planejamento das Eliminatórias, o Comitê da Fifa decidiu revelar somente a programação inicial da competição classificatória na Ásia. Na América do Sul, a Conmebol havia anunciado de forma antecipada, mas ainda não oficial por parte da Fifa, que as Eliminatórias seriam realizadas entre março de 2020 e março de 2022.
VAR - Na mesma reunião, o Comitê Organizador de Competições da Fifa disse aprovar e sugerir o uso do árbitro de vídeo no Mundial Feminino, marcado para junho e julho deste ano, na França. A decisão deve ser acatada pelo Conselho da Fifa, instância máxima da entidade, em reunião agendada para este mês.
"Estamos confiantes em propor o uso do VAR na França para o Conselho da Fifa, pois estamos muito otimistas sobre a implementação", declarou o vice-secretário-geral da Fifa para o Futebol, o croata Zvonimir Boban.