Enquanto seguem as investigações sobre o trágico acidente da Chapecoense, um nome tem sido apontado como grande responsável pela morte das 71 pessoas no avião que levava o time catarinense para Medellín, na última terça-feira (29): Miguel Quiroga, piloto do avião e sócio da empresa aérea LaMia.
Investigações preliminares dão conta de que a aeronave teve uma pane seca por falta de combustível, depois que Quiroga teria arriscado percorrer o longo trajeto entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia, sem fazer escala para abastecimento em Cobija, no norte do país boliviano.
Sua viúva, Daniela, contudo, afirmou que o marido era um profissional responsável e que jamais colocaria em risco a vida de passageiros e tripulantes neste voo da Chapecoense. "Ele estava muito bem preparado para operar. Meu marido levava aviação muito a sério. Eu entendo a dor de todos. Também perdi meu marido, também tenho filhos. Eu entendo a dor de todas as pessoas, mas ele nunca colocaria por vontade a própria vida e de ninguém em risco", disse em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
De acordo com a reportagem do programa, a família do piloto vem recebendo ameaças de morte desde o acontecido. Daniela seguiu defendendo Miguel Quiroga. "Meu marido era um homem responsável, que amava o que fazia. Ele não era uma pessoa má, não era um assassino", completou.
O corpo do piloto foi enterrado no último domingo, em Cobija, próximo à fronteira com o Brasil, justamente na cidade onde as investigações apontam que Quiroga deveria ter feito uma escala para abastecimento do avião que levava a delegação da Chapecoense até Medellín para a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, mas que caiu perto do aeroporto da cidade colombiana.