Após denúncias de que além de ex-jogador e técnico, Dunga, que retornou ao comando da Seleção Brasileira, também tem no currículo, ainda que negue, experiência como agente de atletas, segundo reportagem do site da ESPN Brasil, o meia Ederson, atleta envolvido em todo escândalo, divulgou nesta segunda-feira uma nota oficial onde afirma que Dunga nunca atuou como seu empresário.
- Venho a público esclarecer que o técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Dunga, não é e nunca foi meu empresário. O agente que sempre cuidou da minha carreira, desde os meus 17 anos, chama-se Antônio Caliendo, um italiano. E, para deixar bem claro: hoje, meus direitos econômicos pertencem 100% à Lazio - disse o jogador.
Ederson também teme pelo seu futuro na Seleção. O jogador espera que seu trabalho seja respeitado e que as atuações dentro de campo falem mais alto na hora das convocações. - A única coisa que peço nesse momento é respeito pelo meu trabalho e por tudo o que fiz, até hoje. Aos 17 anos, tive a felicidade de vestir a camisa 10 da Seleção e ser campeão do mundo da categoria, em 2003. Espero que esses fatos não venham a causar conflitos e que sejam preservados os méritos dentro de campo - afirmou.
Dunga também voltou a negar o caso. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, o treinador deu uma curta explicação sobre a acusação que, com documentos, mostra que o treinador recebeu R$ 407 mil por atuar como intermediário da negociação do meia entre RS Futebol e um grupo de investimento.
- Em 2004, parei de jogar futebol. Fui procurado por uma pessoa para apresentar um investidor. Não é agenciamento, porque fiz uma apresentação e saí fora. O clube negociou com o empresário - disse o treinador.
Confira a nota oficial de Ederson na íntegra:
Venho a público esclarecer que o técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Dunga, não é e nunca foi meu empresário. O agente que sempre cuidou da minha carreira, desde os meus 17 anos, chama-se Antônio Caliendo, um italiano. E, para deixar bem claro: hoje, meus direitos econômicos pertencem 100% à Lazio.
Comecei minha carreira com 16 anos e sempre tive como base a humildade, determinação e muito profissionalismo. Meu foco e minha concentração estão em fazer o meu melhor dentro de campo. As questões extracampo deixei por conta dos dirigentes dos clubes pelos quais passei e do meu empresário.
A única coisa que peço nesse momento é respeito pelo meu trabalho e por tudo o que fiz, até hoje, com muita determinação e seriedade. Aos 17anos, tive a felicidade de vestir a camisa 10 da Seleção e ser campeão do mundo da categoria, em 2003. Depois, vim para a Europa e trabalhei duro para ter novamente uma oportunidade na Seleção.
Após 7 anos de batalha, tive a honra de ser convocado por Mano Menezes, mas, infelizmente, me lesionei e não pude ter outra chance. Porém, a minha esperança em vestir novamente a camisa da Seleção Brasileira segue viva.
Espero que esses fatos não venham a causar conflitos e que sejam preservados os méritos dentro de campo. De qualquer forma, seguirei trabalhando firme e determinado na busca do meu principal objetivo, que é defender o meu país numa Copa do Mundo.
Atenciosamente, Ederson.