Ainda não se sabe se Guerrero renovará ou não seu contrato com o Corinthians. A novela envolvendo a negociação entre o peruano e o clube, contudo, já é suficiente para dividir opiniões no Timão. Menos de 24 horas após Andrés Sanchez se colocar contra a pedida do atacante, o experiente zagueiro Edu Dracena saiu em defesa do colega de equipe.
Na noite desse domingo, o ex-presidente e atual superintendente de futebol falou que o Corinthians não tem condições de pagar os US$ 7 milhões de luvas (cerca de R$ 22 milhões) e R$ 500 mil mensais pedidos por Guerrero. Na tarde desta segunda, em entrevista concedida no CT Joaquim Grava, o defensor de 34 anos apoiou a pedida do peruano.
"Ele fez por onde. Ninguém vai colocar uma faca no pescoço de alguém e forçar a nada. Todo jogador tem o direito de fazer a pedida. É o grande ídolo do clube. Cabe ao clube saber se pode ou não pagar essa quantia. Se eu tivesse dinheiro, pagaria com o maior prazer, pela qualidade do jogador e por tudo o que já provou pelo clube", opinou Dracena, titular do Corinthians no jogo do último sábado, contra a Chapecoense.
O zagueiro recém-chegado ao Corinthians foi além. Dracena pediu a permanência do jogador e, ao contrário do que foi sugerido por Andrés Sanchez, contestou a saída de Guerrero para um arquirrival. O ex-presidente cogitou o peruano jogando em rivais e citou Palmeiras, São Paulo e Flamengo.
"Não passa pela nossa cabeça, até porque essas situações nem procuramos nos envolver. Mas é lógico que seria muito ruim perdê-lo para um grande rival. É um grande jogador, ídolo da torcida. Mas esperamos que ele possa permanecer. Muitos construíram história bonita no clube e tomara que possam construir ainda mais. Eu cheguei agora e quero estar com eles para começar a ganhar títulos aqui também", disse o beque, que chegou ao Timão no fim de janeiro.
"No mercado livre, à altura, não tem. Com relação à Guerrero, Sheik... Mas tomara que a diretoria possa fazer o possível para que ele continuem. São peças importantes e ídolos do clube. Seria importante para nossa caminhada no Brasileiro e na Copa do Brasil. Necessitamos desses jogadores", completou, lembrando as semelhantes situações de Emerson Sheik e Guerrero (ambos os atacantes terão seus contratos vencidos no próximo mês de julho).