Morreu neste domingo (26) o ex-ponta direita Dorval, 86, ídolo do Santos e bicampeão da Libertadores e mundial pelo clube da Vila Belmiro.
O ex-jogador estava internado na Casa de Saúde de Santos com quadro clínico delicado. O clube declarou luto de sete dias e o velório ocorrerá no Salão de Mármore da Vila.
"Dorval é um dos jogadores inesquecíveis, que ajudou a construir essa linda história do Santos. Merece todas as reverências por sua trajetória. O Santos perdeu um de seus maiores ídolos hoje", afirmou o presidente santista Andrés Rueda, ao site oficial do clube.
Nascido em Porto Alegre, Dorval chegou ao Santos 1957. Na década de 1960, formou ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe o ataque mais recitado da história da agremiação.
O jogador disputou 612 jogos com a camisa do Santos, o quinto a vestir mais vezes a camisa alvinegra, e marcou 194 gols, o que o colocado como o sexto maior artilheiro do Santos.
Durante sua passagem vitoriosa pela Vila Belmiro, conquistou as Libertadores e os Mundiais de 1962 e 1963, foi hexacampeão paulista (1958, 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965) e conquistou cinco títulos brasileiros (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965).
Logo que chegou ao clube, Dorval dividiu quarto com Pelé tanto na concentração que ficava na Vila Belmiro como na pensão de Dona Georgina. O ponta contou que a relação com o Rei não era das mais fáceis.
"Numa época ele comprou uma bateria e ficava tocando no quarto. Era aquele barulhão. Ele tinha um temperamento muito danado. Uma vez nós brigamos e ficamos um ano sem se falar. O motivo foi uma discussão depois de um jogo com a Portuguesa que a gente estava ganhando por 2 a 0 e perdemos por 3 a 2. Ele errou e achou que os outros tinham de pedir desculpas só porque ele era o Pelé. O curioso é que a gente dormia no mesmo quarto e não se falava. Só ia se falar no campo", disse Dorval ao site oficial do Santos.
Além do Santos, o jogador atuou por Força e Luz-RS, Juventus-SP, Bangu, Athletico, Racing (ARG), Palmeiras, Carabobo (VEN) e Saad-SP.