A palavra final de Dorival Junior foi dada e as portas do Santos estão abertas para a volta do meia Giovanni, de 37 anos, ídolo do clube na década de 90. A expectativa do treinador é fazer com o jogador o mesmo trabalho que o Flamengo realizou com o veterano Petkovic, destaque da campanha do campeão brasileiro.
"O jogador, quando quer, consegue. O Pet é um exemplo muito claro disso. Poucos acreditariam que ele jogaria tão bem e ele foi decisivo no título brasileiro. O que me agrada muito no Giovanni é a postura dele. Por tudo que ele fez e pelo que ele pode fazer, estou muito otimista. É só uma questão de oportunidade", disse Dorival, durante sua apresentação oficial, nesta quarta, no CT Rei Pelé.
Giovanni fará um trabalho especial de preparação física a partir da próxima semana e assim que tiver condições de jogo, assinará contrato. Uma formalidade. Nem Dorival, nem Paulo Jamelli, gerente de futebol, duvidam da capacidade do jogador e apostam alto nele para a disputa do Campeonato Paulista. Dependendo do desempenho do jogador, o acordo poderá ser estendido. A ideia da diretoria é fazer a despedida oficial de Giovanni da carreira profissional e depois dar a ele a função de olheiro do clube para novos talentos da região norte do País. O meia é paraense e inclusive foi quem levou o conterrâneo Paulo Henrique Ganso para o Santos, em 2007.
"O Giovanni pode, sim, ser um jogador que atue em alto nível. Um atleta do nível dele não desaprende. Minha obrigação agora é condicioná-lo para alcançar a forma que almejamos. Se tiver apetite, vontade, ele vai alcançar isso e ajudar o Santos", disse Dorival. Giovanni não atua em uma partida oficial desde abril, quando defendeu o Mogi Mirim no Paulistão. "Eu vi o Giovanni recentemente e fiquei impressionado com como ele está bem forte fisicamente. Eu não preciso falar da relação que tenho com o Giovanni. Se ele estiver mentalmente focado, vai poder ajudar o Santos", completou Jamelli, de 35 anos, companheiro do meia no elenco do Santos, vice-campeão brasileiro de 1995.
Em entrevista a rádios de Santos, Giovanni disse que nunca se descuidou da forma física, e que iniciado o trabalho de preparação, estará pronto para jogar em 15 dias. "Acho que nesse período nem o Neymar teria condições de jogo depois das férias", ponderou Jamelli.