Uma briga antiga entre duas torcidas organizadas do Atlético, Fanáticos e Ultras, foi o estopim que deu início à confusão dentro do Estádio Couto Pereira do Coritiba, no último domingo, após o clássico Atletiba. Foi esta a conclusão a que chegaram os participantes da reunião realizada na Secretaria de Segurança, ontem de manhã, para definir soluções que garantam a segurança nos jogos de futebol.
"Descobrimos que o foco de violência é a briga entre facções da própria torcida Atlético", disse o secretário José Tavares após a reunião. "O que se viu foi uma disputa de poder dentro das torcidas", endossou o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Rolim de Moura. Por isso, os dois defendem a necessidade de se tomar medidas que não prejudiquem os clubes e nem a torcida em geral.
A briga entre as duas torcidas já havia sido confirmada pelo presidente da Ultras, Gabriel Barbosa, em reportagem publicada ontem pela Folha. Na matéria, Barbosa anunciou a extinção da torcida por considerar que não havia mais segurança para os 1,2 mil torcedores associados freqüentarem os estádios. Segundo ele, de uns tempo para cá, os confrontos entre Ultras e Fanáticos foram ficando cada vez mais frequentes e violentos. "No domingo, tivemos que deixar o estádio pela saída dos torcedores do Coritiba por causa da violência dos Fanáticos", disse.
Segundo o presidente do Coritiba, Francisco Araújo, os torcedores quebraram grades e banheiros. De acordo com o secretário, 35 torcedores que se envolveram em brigas e que depredaram ônibus foram presos no domingo. Destes, onze foram indiciada e outros onze menores serão ouvidos, no dia 12, em audiência na Vara da Infância e da Juventude pelos estragos.