O diretor de futebol Wlademir Pescarmona avisou nesta sexta-feira que manterá as cobranças públicas no Palmeiras, mesmo que a situação irrite aos jogadores. De acordo com o dirigente, o grupo estava muito acomodado até a sua chegada, mesmo sem conseguir bons resultados na última temporada.
"Não me arrependo. Eles tinham uma zona de conforto. Me contive até o jogo do Goiás [eliminação nas semifinais da Sul-Americana]. Depois não deu. Não podia aceitar que o time se apequenasse daquela forma, com 40 mil no estádio. Vai acontecer de novo se for necessário", afirmou, em entrevista à TV Bandeirantes.
Pescarmona negou ter dito que o Palmeiras precisava negociar Edinho, Danilo e Pierre por conta dos altos salários. Após o amistoso contra o XV de Piracicaba, o zagueiro afirmou que o seu futuro estava indefinido porque um dirigente pretendia vendê-lo por conta de seus rendimentos.
"O Edinho só saiu porque queria sair. E jogador que não quer ficar, sai. Acho que o Pierre precisa ficar e se recuperar. Nunca falei nada do Danilo, do salário dele ou que tinha que sair. Mas as minhas costas são largas. Comigo as coisas mudaram. Eu vou cobrar", disse.
Pescarmona defendeu que Valdivia seja punido, ou ao menos cobrado, por ter declarado que jogou machucado no segundo semestre de 2010. "Eu não posso admitir que ele jogue a responsabilidade sobre os médicos e a comissão técnica. E eu acho que ele precisa ser cobrado por isso", comentou.
O dirigente garantiu que apenas o pagamento dos direitos de imagem dos jogadores do Palmeiras estão atrasados. "Os salários estão em dia. Direito de imagem que venceu dia 25 de dezembro será pago na semana que vem", declarou, reconhecendo dívida com Lincoln. "O Palmeiras deve 1 milhão de euros ao Lincoln".