Ao que tudo indica, não será nesse ano que o palmeirense matará a saudade de assistir a jogos na "casa" do clube. Por causa de alguns atrasos na obra da Arena Palestra Itália, a inauguração do novo estádio do Verdão ficará apenas para 2014, admite o diretor-executivo José Carlos Brunoro.
- Sou muito pé no chão e só estou contando (com o estádio) a partir de fevereiro do ano que vem - declarou o dirigente durante um evento sobre calendário do futebol brasileiro, nessa terça-feira, em São Paulo.
O maior problema enfrentado pela construtora WTorre está no trecho que a prefeitura impede de demolir: parte das velhas arquibancadas, na "ferradura", onde as obras ainda estão apenas na metade. Todo o trabalho está sendo feito artesanalmente nesta região, de acordo com as explicações da empresa. O novo anel está sendo feito por cima da antiga estrutura por causa do alvará que foi concedido.
Diante de algumas indefinições sobre a Arena, uma coisa já é certa: o custo das obras quase duplicou desde o início da reforma, na metade 2010. Faltando ainda completar 35% da execução de todo projeto, a WTorre já calcula hoje que a obra deve sair por R$ 500 milhões.
De acordo com o diretor de novos negócios da construtora, Rogério Dezembro, o acréscimo real em relação aos R$ 300 milhões imaginados há quase três anos, quando as obras começaram, é de R$ 60 milhões. O resto, segundo o mesmo, faz parte da correção, que acontece em reformas de longo prazo.
O time de Gilson Kleina tem adotado o Pacaembu como casa, mas terá de optar por outro local (a no mínimo 100 km da cidade de São Paulo) no início da Série B, que começa em maio. Isso porque o Palmeiras terá de cumprir gancho em quatro jogos como mandante, por causa de atos de vandalismo cometidos por parte dos torcedores na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado.