O diretor de futebol do Flamengo, Rodrigo Caetano, afirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira que o clube não pensa em mudar o planejamento para o restante da temporada após a eliminação da Copa Libertadores na fase de grupos da competição com a derrota para o San Lorenzo, na quarta passada, em Buenos Aires, por 2 a 1, de virada. O dirigente reconheceu que é preciso fazer reavaliações, mas pediu calma aos torcedores.
"Cabe a nós não transformarmos isso, e foi utilizada até a expressão 'caça às bruxas'. Temos que identificar o que pode ser melhorado para esse tipo de situação. Faremos as nossas correções, mas nós não vamos recomeçar sempre. Acho que esse talvez seja o maior pecado quando se tem um golpe duro como foi esse. A probabilidade de você errar é muito maior", frisou Rodrigo Caetano.
O dirigente negou que algumas contratações, especialmente dos estrangeiros Berrío, Donatti, Mancuello e Cuellar, bastante criticadas pelo desempenho considerado fraco e o alto investimento dos negócios, tenham sido equivocadas.
Rodrigo Caetano ressaltou que a diretoria, o elenco e a comissão técnica rubro-negros vão se manter tranquilos para superar a turbulência provocada pela queda precoce na Libertadores e seguir buscando títulos na temporada.
"Cabe a nós lambermos as nossas feridas, já iniciamos isso hoje mesmo, tivemos uma reunião importante e proveitosa também porque o Flamengo passa a ser avaliado também pela reação que teremos daqui para frente. Temos um ano longo pela frente e duas competições se encerraram para o Flamengo. A maior delas e mais importante é essa (Libertadores), mais dolorosa, aquela que vamos carregar essas cicatrizes e transformá-las em muita força para recolocar o Flamengo na Libertadores em 2018", destacou o dirigente.
No final da entrevista, realizada no Ninho do Urubu, na zona oeste do Rio, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, fez um comunicado no qual colocou que pode ter sido mal interpretado quando usou a expressão "falsos rubro-negros" em uma entrevista minutos após a partida contra o San Lorenzo, em Buenos Aires.
"Houve quem interpretasse da forma que eu estivesse me referindo a todos que estivessem criticando a derrota do Flamengo ou que estão me criticando ou que por algum motivo não gostem de mim. Isso é um absurdo. Seria idiotice eu falar isso. Estou falando de uma minoria, de um número inexpressivo de pessoas que nominalmente são rubro-negras, mas que comemoram quando a gente perde e lamentam quando a gente ganha", enfatizou o mandatário flamenguista.