A cada partida fora de casa o sonho do G4 do Campeonato Brasileiro fica mais longe do São Paulo. A rotina de jogar mal e criar pouco continuou neste domingo e nem mesmo o lampejo de eficiência evitou a derrota de virada por 2 a 1 para o Cruzeiro, no Mineirão.
A rodada de resultados desfavoráveis passa agora a exigir uma campanha perfeita para conseguir chegar à Libertadores. Esse nível de atuação precisa ser bem superior ao apresentado em Belo Horizonte, onde o time foi dominado. O time tricolor estacionou nos 53 pontos, em quinto lugar, enquanto o Cruzeiro alcançou 48, na décima colocação.
Dênis teve um primeiro tempo digno dos melhores jogos da carreira de Rogério Ceni. O atual reserva do São Paulo fez quatro defesas milagrosas e ainda foi cobrar uma falta. Pato foi derrubado, os jogadores fizeram sinal e lá foi o goleiro atravessar o campo e para tentar marcar. Apesar de sempre treinar os chutes no dia a dia, a tentativa parou na barreira.
Esse erro é insignificante diante da ótima atuação de Dênis. O melhor jogador do São Paulo em campo compensou as inúmeras falhas do time, que poderia ter ido para o intervalo com vários gols de desvantagem. A equipe mal conseguia passar do meio-campo, não tinha saída de bola e era anulada pelo Cruzeiro.
O retrato do jogo nos minutos iniciais era tão medonho quanto o começo da derrota para o Santos por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela Copa do Brasil. Basicamente o São Paulo cobrava tiro de meta curto, buscava avançar pela direita, com Bruno, perdia a bola e via algum atacante sair livre na frente do goleiro.
Dominado, o São Paulo recebeu um gol de presente depois de resistir a uma blitz mineira. Aos 31 minutos, uma cobrança de escanteio acabou com a cabeçada certeira de Luis Fabiano. O aniversariante do dia comemorou os 35 anos ao marcar o 100º gol do time na temporada.
A injustiça no placar diminuiu no minuto seguinte, quando o Cruzeiro empatou. Willian aproveitou sobra para acertar bom chute rasteiro e no canto, sem chance para Dênis.
O segundo tempo equilibrou as forças e deixou o jogo mais amarrado e pouco atrativo. O São Paulo deixou de insistir no fraco lado direito e passou a explorar mais o outro setor, além der arrumar a marcação.
As chances diminuíram e o que pesou para definir o resultado foi conseguir arrumar a criação. O São Paulo continuou vivendo de migalhas, oportunidades surgidas mais do acaso de bolas paradas do que da inteligência dos apagados Ganso e Pato. Já o Cruzeiro, conseguiu mexer e virar o placar.
Mano Menezes decidiu colocar Leandro Damião para abrir a defesa adversária e teve enorme êxito. Aos 35 minutos, Ariel Cabral dominou, viu o atacante livre e desmarcado entre a perdida zaga são-paulina. Damião recebeu o lançamento e encheu o pé para fazer o segundo, que garantiu a merecida vitória. A vitória, por sinal, quebrou um jejum de 11 anos sem triunfos cruzeirenses sobre o São Paulo, no Mineirão, em jogos do Campeonato Brasileiro.