No duelo do melhor ataque contra a melhor defesa do Campeonato Brasileiro, o paredão do Corinthians mostrou-se eficiente diante do arsenal ofensivo do Cruzeiro e as duas equipes ficaram no empate por 0 a 0 neste domingo. Apesar do resultado, o jogo no Pacaembu, pela 23.ª rodada, foi bastante movimentado, cheio de oportunidades para ambos os lados.
O resultado foi melhor para o Cruzeiro, que, beneficiado pela derrota do Botafogo para o Bahia, abriu oito pontos de vantagem para o time carioca na liderança da tabela - 50 a 42. No domingo que vem, a equipe mineira enfrenta o Internacional no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo (RS).
Já o Corinthians chegou à sexta partida consecutiva sem vitória, foi a 31 pontos e está na nona posição. Na quarta-feira, o time do técnico Tite inicia a disputa de quartas de final da Copa do Brasil diante do Grêmio, em casa. Pelo Brasileirão, o próximo compromisso será contra a Portuguesa, também no domingo, no Estádio Morenão, em Campo Grande (MS).
O duelo deste domingo teve dois tempos bastante distintos. No primeiro, o Cruzeiro foi dono da partida, atacou muito e só não abriu o placar porque encontrou diante de si um Cássio inspirado. Já na etapa final, o Corinthians reagiu, passou a comandar as ações e, se não criou tanto quanto o adversário nos primeiro 45 minutos, também perdeu suas oportunidades.
O JOGO - A primeira boa chegada foi do Cruzeiro, em troca de passes rápida entre Borges, Everton Ribeiro e Willian, que recebeu dentro da área e bateu para fora. Aos 12 minutos, a zaga corintiana parou tentando fazer linha de impedimento, mas Egídio achou Nilton sozinho dentro da área, em posição legal. O volante subiu quase na linha da pequena área, mas não conseguiu tirar de Cássio, que fez grande defesa.
A defesa do time da casa não conseguia parar as jogadas aéreas do Cruzeiro e aos 15 minutos Egídio voltou a encontrar um companheiro sozinho na área, novamente se aproveitando de linha de impedimento mal feita. O cruzamento foi no pé de Willian, que bateu de primeira, mas Cássio mostrou muito reflexo, fez outra defesa e impediu a abertura do placar. Egídio infernizava a zaga adversária e quase marcou aos 24 minutos, quando recebeu pela esquerda, bateu cruzado, mas parou em Cássio.
Com o passar do tempo, no entanto, o Corinthians equilibrou as ações, passou a dividir a posse de bola com o Cruzeiro, mas seguia sem levar nenhum perigo ao gol de Fábio. Isso poderia mudar aos 39 minutos, quando Douglas acertou lançamento perfeito para Danilo, mas o meia, dentro da área, pegou mal de direita e a bola ficou fácil para o goleiro.
Apagado, Borges ficou no vestiário no intervalo e Marcelo Oliveira promoveu a entrada de Julio Baptista, mas foi o Corinthians que melhorou. Igor começava a incomodar a defesa cruzeirense em jogadas pela esquerda e, aos cinco minutos, o lateral achou Emerson com belo cruzamento, mas a bola foi muito alta e o atacante não conseguiu finalizar com qualidade.
Aos sete, Douglas fez bela jogada após escanteio e Emerson quase fez. No rebote, Edenílson bateu cruzado, Fábio rebateu, mas ninguém chegou para tocar para o gol. O Corinthians era dono do jogo no segundo tempo e agora era Fábio que começava a se destacar. Aos 12 minutos, Douglas acertou lindo chute de fora, que só não entrou porque o goleiro cruzeirense espalmou.
Apesar de melhor no segundo tempo, o Corinthians irritava seu torcedor com muitos passes errados, principalmente com Emerson. Já o Cruzeiro tentava uma alternativa para voltar a mandar no jogo e mexeu outra vez, com a entrada de Anselmo Ramon na vaga de Ricardo Goulart.
Do lado corintiano, Alexandre Pato substituiu Emerson e criou uma boa oportunidade aos 31 minutos, quando aproveitou sobra fora da área, cortou Bruno Rodrigo, mas bateu para longe. Três minutos depois, o atacante roubou a bola no meio de campo e tocou para Danilo, que cortou e bateu em cima de Fábio.
Apesar do melhor momento do Corinthians, foi o Cruzeiro que teve a grande chance do segundo tempo. Aos 46 minutos Julio Baptista foi lançado pelo lado direito, novamente aproveitando a linha de impedimento errada do adversário, arrancou sozinho, mas bateu fraco, em cima de Cássio, que agarrou.