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Análise

Corinthians se incomoda com António, mas entende que não é hora de demitir

Lucas Musetti Perazolli - UOL/Folhapress
19 jun 2024 às 12:00

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- Rodrigo Coca/Agência Corinthians
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O Corinthians não está feliz com o desempenho do técnico António Oliveira, mas entende que o momento não é adequado para demissão.

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O Corinthians acredita que, apesar das dificuldades extracampo, o time poderia render mais. O Timão está na 16ª colocação, com sete pontos, e briga contra o Z4.

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O time não vence há cinco jogos no Brasileiro e algumas decisões de António chamam a atenção, como a utilização de Gabriel Moscardo diante do São Paulo e a demora para dar sequência a Igor Coronado.


O treinador português optou por Moscardo sem ritmo e deixou Breno Bidon no banco. No intervalo, Bidon entrou e a equipe melhorou. Coronado vive a primeira sequência entre os 11.

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Outro incômodo é com a postura pública de António Oliveira. Ele tem o apoio do elenco, mas "joga contra" nas entrevistas.


António cobra reforços, faz reclamações sem rodeios e mostra pouco esforço para apaziguar os ânimos, como ocorreu nos casos de Cássio e Carlos Miguel.

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Nós sabermos o que nos passa ao lado. E o que nós queremos é um clube são, um clube estável, um clube onde existe a paz. Para nos transmitir também isso, essa segurança, essa estabilidade, para nós podermos desempenhar as nossas funções António Oliveira


O presidente Augusto Melo enfrenta diversos problemas políticos e vê o executivo de futebol Fabinho Soldado como um pacificador enquanto António Oliveira às vezes põe lenha na fogueira.

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António crê que faz o possível diante das limitações em campo e tantos problemas fora das quatro linhas. O técnico acha que a necessidade de reforços é óbvia e quer pelo menos seis novidades para o segundo semestre.

MOMENTO INADEQUADO

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O Corinthians prioriza situações administrativas e espera que o desempenho do time melhore para não precisar demitir António Oliveira.


O Timão não tem diretor de futebol e nem os novos chefes de marketing e financeiro depois da debandada na diretoria.

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Sob risco de processo de impeachment, o presidente Augusto Melo tenta recuperar a sua base política e deixa o futebol totalmente nas mãos do executivo Fabinho.


Soldado gosta do trabalho de António Oliveira e aposta em um segundo semestre melhor com os reforços. A continuidade do treinador só será colocada em xeque em caso de nova sequência de maus resultados.


A avaliação é que demitir António neste momento de turbulência pioraria ainda mais a situação. O elenco está "blindado" das notícias negativas e quer a permanência do português.


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