Depois de se destacar no País por buscar contratações de peso, ousadas e caras como Ronaldo, Adriano, Alex, Liedson, o Corinthians vive nova realidade e, mesmo sem descartar a chegada de nomes de impacto, agora aposta no "bom e barato."
Diferentemente de outros anos, nos quais sempre trouxe ao menos um jogador importante, até agora o clube acertou apenas com apostas para o segundo semestre, casos de Adílson (atacante do XV de Piracicaba), Guilherme (lateral-direito/volante da Ponte Preta) e Romarinho (meia-atacante do Bragantino).
Além da busca por jovens de potencial no interior do Estado, o clube também faz um tour pelo mercado sul-americano, já que o Real ainda está mais valorizado que a moeda dos países vizinhos na captura de jogadores desconhecidos, mas que podem dar conta do recado.
"A realidade (financeira) é a mesma, nunca estivemos numa situação diferente da que estamos hoje, apenas a precaução é menor", garante o diretor de futebol Roberto de Andrade. "É muito fácil falar que paga R$ 2 milhões, R$ 500 mil, R$ 600 mil por mês... Se a gente traz um jogador ganhando 2 xis e depois busca outro do mesmo nível por 3 xis, sobe o patamar. E estamos querendo baixá-lo, pois a coisa está extrapolando", enfatiza.
Com folha de pagamento de quase R$ 7 milhões, ainda sem um patrocínio master e vendendo pouco, o Corinthians se conscientizou de que precisa reduzir os gastos com futebol. "Precisamos por um pouco o pé no chão, fazer a realidade do País e não a do Corinthians. Temos de dançar conforme a música", disse Andrade.
Para baixar sua folha, porém, o Corinthians não vai diminuir o salário dos jogadores. Apenas trará gente ganhando menos. O clube já sofreu com nomes como os de Souza (R$ 175 mil mensais) e de Vitor Júnior (ganhava R$ 180 mil mensais), que não vingaram e foram bem remunerados. "O que está assinado, vamos ter de honrar, o que pode é no futuro reduzir o número salarial, essa é a ideia", completou o diretor corintiano.