O Corinthians solicitou à CBF para que seus jogadores não fossem convocados para o Superclássico das Américas, contra a Argentina, dia 21, em Buenos Aires. O pedido, porém, não foi atendido, segundo o presidente do clube paulista, Mário Gobbi. "Tentamos a liberação, mas (a CBF) nos colocou claramente que (a convocação) não terá exceção, que o critério continuará sendo técnico, o mesmo que vem sendo feito."
O Corinthians tinha cinco jogadores convocados para o Superclássico: Cássio, Fábio Santos, Ralf e Paulinho (Brasil) e Martínez (Argentina). O jogo, que seria disputado dia 3 de outubro, foi adiado por falta de luz no estádio de Resistencia, na Argentina, e remarcado para o dia 21 de novembro, em Buenos Aires.
Segundo a comissão técnica, a convocação desses jogadores pode atrapalhar a preparação para o Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. O receio do técnico Tite é que algum atleta se machuque.
"Não é porque o Corinthians vai ao mundial, que aquele clube está prestes a ser campeão, que aquele briga por vaga, esse critério está fora e temos quer respeitar. Podemos pedir, fizemos isso, mas quem decide é a CBF, é a decisão dela", disse Gobbi nesta segunda-feira em evento no Parque São Jorge.
A diretoria agora aguarda que a CBF ao menos "minimize" o prejuízo, que a convocação seja refeita e que tenha menos atletas do clube. A possibilidade de isso acontecer é grande. Outros clubes também solicitaram à entidade que a lista seja refeita.
Tite também demonstrou certa revolta com a remarcação do confronto. Para o treinador, a data é imprópria. "A primeira indignação que tenho é com a Conmebol, que pudesse ter o discernimento de olhar para as equipes e ver que elas estão se preparando e que tipo de competição que elas têm", disse o treinador.