O autor do gol do título Mundial, Paolo Guerrero, deixou o Corinthians da pior forma possível. Ele está fora do clássico de domingo contra o Palmeiras e sequer terá um jogo de despedida. O contrato do atleta, que terminava dia 15 de julho, foi considerado encerrado nesta quarta-feira. O atacante, segundo o clube, pediu para ser liberado e já não participou do treino desta manhã.
"A partir de hoje (quarta-feira), o Guerrero não faz mais parte do elenco, não participa das atividades e do jogo contra o Palmeiras. Liberamos o atleta para que ele possa seguir sua vida", afirmou o gerente de futebol Edu Gaspar.
O destino do atleta foi selado em reunião entre diretoria e comissão técnica nesta manhã. No entanto, desde segunda-feira o Corinthians já trabalhava com a hipótese de vetar a presença de Guerrero no clássico.
Após decidir que, por questões financeiras, não renovaria seu contrato, Guerrero iniciou negociação com o Flamengo e outros clubes. Por isso foi até chamado de mercenário por parte da torcida do Corinthians após o jogo de domingo contra o Fluminense.
Segundo Edu Gaspar, o atacante já não se sentia confortável com a situação e pediu para ser liberado. O Corinthians aceitou e colocou um ponto final da história de Guerrero. "Queremos atletas 100% envolvidos, com a cabeça aqui. Queremos atletas de corpo e alma", afirmou o dirigente.
A nota oficial divulgada pelo Corinthians sugere que o foco de Guerrero era outro e não o clássico de domingo contra o Palmeiras. "O Corinthians terá jogo importante no final de semana e precisa contar com os jogadores comprometidos para a sequência do Campeonato Brasileiro", informou a nota.
Corinthians e Guerrero não chegaram a um acordo financeiro. O atacante pediu R$ 18 milhões para assinar um novo contrato. O Corinthians chegou a oferecer R$ 10 milhões. O Flamengo acenou com R$ 12 milhões.
EMERSON SHEIK - A presença de Emerson Sheik no clássico continua incerta. O jogador, que também não terá seu contrato renovado, participou do treino esta manhã. Segundo Edu Gaspar, a decisão de escalá-lo ou não está nas mãos de Tite. "Não temos uma vírgula para falar do Emerson, ele entendeu a situação e deixou claro para nós que está comprometido", afirmou.