A onda de protestos que tomou conta da Copa das Confederações colocou Fifa e governo federal em alerta para a Copa do Mundo. Para evitar que policiais voltem a entrar em confronto com manifestantes, como ocorreu este ano, a promessa é de presença maciça, mas não ostensiva, das forças de segurança.
"Foram cometidos alguns erros (na Copa das Confederações) e, desde o meio do ano, estamos estudando mudanças. Estaremos preparados para novos protestos, mas agora evitaremos algumas questões problemáticas, principalmente de posicionamento de bloqueios e de engajamento com manifestações. Mas é bom que fique claro que em nenhum momento estamos pensando em reprimir manifestações. Só queremos preservar também a segurança de espectadores durante a Copa do Mundo", disse o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues.
O Ministério da Defesa deve enviar tropas com cerca de 1.400 homens para cada cidade-sede, mas o general Jamil Megid Junior, responsável pela coordenação das operações das Forças Armadas, garantiu que, apesar da presença intensa de agentes de segurança, a ideia é não inibir os manifestantes. "Nosso trabalho não é agir de maneira ostensiva, mas garantir o apoio ao aparato de segurança para as operações necessárias. Não é do nosso interesse criar um clima de tensão. A Fifa também não deseja isso."
Ainda não foi decidido quantos homens vão trabalhar na segurança da Copa, mas o número deve ser superior a 120 mil. Segundo o Ministério da Justiça, mais de 54 mil agentes atuaram nas seis cidades da Copa das Confederações. O contingente incluiu Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Guarda Municipal e órgãos de trânsito, e compõe a maior estrutura de segurança já mobilizada no País.
Na Copa do Mundo, o número de cidades que receberão partidas será o dobro em relação à Copa das Confederações - e a quantidade de turistas estrangeiros será 30 vezes maior. Na Copa das Confederações, de acordo com o Ministério do Turismo, o Brasil recebeu 20 mil estrangeiros. Para 2014, a expectativa é de 600 mil.