Três chapas
O Atlético-PR recusou a proposta da Prefeitura de Curitiba para financiamento das obras de adaptação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Assim, de acordo com o que é exigido pelo caderno de encargos da Fifa, o estádio pode ficar fora da Copa do Mundo de 2014.
Segundo a proposta municipal, o clube se beneficiaria do sistema de potencial construtivo, um título que pode ser negociado no mercado imobiliário curitibano, o que geraria receitas para financiar parte das obras. O comprador pode utilizar em outro local o potencial de construção daquela área.
De acordo com nota emitida pelo Atlético-PR, uma consultoria foi contratada para apresentar um parecer econômico-financeiro da proposta. "A conclusão da empresa apontou que, havendo a aprovação da proposta da prefeitura e a tomada de financiamento junto ao BNDES, o clube assumiria um ônus financeiro mensal inviável, que colocaria em risco o patrimônio integral da associação e poderia impossibilitar a própria manutenção da equipe de futebol", destacou a nota.
A estimativa é que, no mercado, o valor de face do título seria vendido com deságio de até 40%.
Unanimemente, o Conselho Deliberativo do clube rejeitou a proposta, apesar de reconhecer a importância de Curitiba ser sede de um dos grupos do Mundial de 2014.
"Não é aceitável que o clube, que se dispôs a ceder sua praça de desportos para receber jogos da Copa do Mundo de 2014 e viabilizar a participação de Curitiba nesse grande evento, acabe assumindo isoladamente custos e riscos insustentáveis e incompatíveis com a capacidade de endividamento do clube", explicou o comunicado.
No entender dos dirigentes, o risco é alto para sediar, no máximo, quatro jogos. Anteriormente, os dirigentes já haviam dito que o clube vai investir tudo o que for necessário para deixar a Arena preparada para os jogos do Atlético Paranaense tanto em competições nacionais quanto internacionais.
Para se adequar às exigências da Fifa esse valor deveria ser aumentado e o clube deveria buscar financiamento aproximado de R$ 90 milhões. Ao final da nota, o clube disse que "permanece de portas abertas para participar de alternativas financeiramente viáveis". A prefeitura informou que não se manifestaria enquanto não recebesse a resposta oficial por parte do Atlético-PR.