O Ministério da Saúde divulgou informações sobre os protocolos de segurança na Copa América na noite desta segunda-feira (7). Pelas regras, os jogadores deverão ser testados a cada 48 horas e não poderão sair do hotel, exceto para ir aos treinos ou por questão de saúde.
O protocolo foi dividido em fases: viagem, hospedagem, testagem, treinos, jogos e retorno das equipes aos países de origem. As delegações, assim que chegarem ao Brasil, serão testadas dentro dos hotéis. Elas devem ficar em quartos e andares separados.
Em coletiva de imprensa em que ocorreu o anúncio do protocolo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avaliou que a Copa América não é um campeonato de grande dimensão e que não há óbice legal para a sua realização no país.
Entre jogadores e comissões técnicas das dez seleções, haverá 650 pessoas envolvidas no torneio, além de 450 ligadas à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
"Não é um campeonato de grande dimensão. Partindo do pressuposto de que a prática de atividade esportiva competitiva está acontecendo normalmente no país –inclusive os campeonatos de futebol das divisões, Taça Libertadores da América, Sul-Americana, Eliminatórias da Copa do Mundo–, considerando também que os cidadãos dos países representados na Copa América têm autorização de entrada no Brasil, respeitadas as condições sanitárias, não há vedação", disse Queiroga.
O anúncio da pasta ocorreu no mesmo dia em que jogadores da seleção brasileira e a comissão técnica decidiram que vão jogar a Copa América no Brasil, com início em 13 de junho.
A possibilidade de boicote chegou a ser ventilada quando Rogério Caboclo ainda era o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O dirigente foi afastado do cargo por 30 dias após ser acusado de assédio por sua secretária na entidade.
O grupo, no entanto, ainda divulgará um manifesto contrário à realização do evento no país devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19. Desde o anúncio da Conmebol de que a Copa América seria disputada no Brasil, depois de ter sido rejeitada pela Argentina e a Colômbia, os jogadores se rebelaram.
Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, assumiu a presidência provisória da CBF por ser o vice mais velho. Ele ocupou o cargo de fevereiro de 2017 a abril de 2019, no período entre o banimento de Marco Polo Del Nero e a posse de Caboclo, eleito para ficar até 2023.