Futebol

Com violência e goleiro preso, Londrina se despede da Série D

01 nov 2014 às 21:38

O Londrina empatou em 2 a 2 com o Brasil de Pelotas e se despediu da Série D do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado (1º). Entretanto, o resultado da partida ficou de lado após a briga generalizada que aconteceu aos 27 minutos do segundo tempo.

Na ocasião, após o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão expulsar o treinador Rogério Zimermann, do Brasil de Pelotas, o comandante rubro-negro ficou no campo e, depois de ser denunciado pela torcida, entrou no campo e discutiu com membros do estádio. Por conta disso, jogadores e demais membros profissionais do Tubarão e do time gaúcho começaram uma batalha campal.


O roupeiro Chimbica, do Londrina, foi agredido brutalmente pelo goleiro Eduardo Martini e desmaiou no gramado do Café e precisou ser atendido pela equipe médica presente na praça esportiva. O goleiro rubro-negro desferiu um chute no rosto do profissional do Londrina que estava caído após o tumulto.


Além disso, um membro da comissão técnica do Brasil de Pelotas, que não teve o nome revelado, agrediu alguns atletas e demais pessoas envolvidas com um espeto de churrasco. Na confusão, o zagueiro Fernando Cardozo, do Brasil, desferiu um soco em Índio, outro roupeiro do Londrina.


Após 20 minutos de cenas lamentáveis, a Polícia Militar prendeu o goleiro Eduardo Martini e o membro da comissão técnica do Pelotas que estava com um espeto. Depois do apito final, a PM também recolheu Fernando Cardozo por conta da agressão.


O roupeiro Chimbica foi socorrido pela equipe médica que estava na praça esportiva e foi encaminhado para um Hospital. Com traumatismo craniano, o profissional ficará em observação por 12 horas e não corre risco de morte.


O JOGO:
Depois de perder a partida de ida por 3 a 1, o Londrina entrou em campo precisando de dois gols para conseguir avançar à final. Desta forma, o Tubarão começou sua pressão logo após o pontapé inicial dado pelo Brasil de Pelotas. Paulinho roubou a bola e, na sequência, aos 13 segundos de jogo, o Tubarão levou perigo ao gol de Eduardo Martini.


Com os ânimos exaltados e o Brasil de Pelotas abusando da catimba e da experiência, o Londrina determinou as ações nos primeiros quinze minutos. Aos 10 minutos, Paulinho chutou forte e a bola passou perto do gol de Eduardo Martini. O Brasil de Pelotas assustou Vítor aos 16 minutos após chute de Alex Amado e obrigou o camisa 1 alviceleste a fazer excelente defesa.


Sufocando o adversário, aos 27, após escanteio, Dirceu desviou e Eduardo Martini fez boa defesa e salvou o Brasil de Pelotas. Aos 35, depois de cruzamento, Bruno Batata tocou e, por muito pouco, o Londrina não abriu o placar no Café. No lance seguinte, Bruno Batata recebeu outro cruzamento, desviou de cabeça e a bola passou muito perto do gol rubro-negro.


Aos 37, o ditado 'quem não faz leva' prevaleceu novamente no mundo do futebol. Após o Tubarão pressionar, David Ceará errou na saída de bola e Nena aproveitou e chutou forte para balançar as redes de Vítor. Depois do gol, o Londrina se perdeu dentro de campo e Bruto Batata, Anderson e David Ceará levaram cartões amarelos.


Após o apito final, comissão técnica e jogadores do Brasil de Pelotas e do Londrina se envolveram em uma confusão na entrada dos vestiários. A Polícia Militar precisou intervir para acalmar os ânimos. Com a violência dentro de campo, conforme informações da rádio Paiquerê, pedras foram desferidas da torcida do Londrina em direção ao torcedores do Brasil de Pelotas. Não houve feridos.


No retorno do segundo tempo, Tencati mudou o Londrina. Saíram Anderson e David Ceará e entraram Léo Maringá e Madison. Porém, logo no primeiro minuto de partida, Sílvio fez graça na saída de bola, no entanto, errou no passe e Alex Amado roubou a bola e tocou para Nena que novamente balançou as redes de Vítor.


Aos dez minutos, Márcio Hahn foi substituído e, na saída de campo, foi atacado por pedras pela torcida do Londrina. Na oportunidade, a arbitragem levou um rádio desferido pela torcida alviceleste para o delegado da partida e, desta forma, o Londrina poderá ser punido na Série C.


Aos 18, Madison foi expulso após agredir o adversário. Na sequência, após escanteio, Diogo Roque desviou e descontou para o Tubarão. Aos 23, o Londrina conquistou o empate com Sílvio que depois de cobrança de escanteio de Celsinho tocou para as redes.


Aos 25 minutos, o treinador Rogério Zimermann, do Brasil de Pelotas, foi expulso. E, dois minutos mais tarde, aconteceu toda a confusão que decretou também a expulsão de Allan Vieira, do Londrina e a de Eduardo Martino, do Brasil. Após a briga que durou mais de 20 minutos, o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão recomeçou o embate no Café.


Com a expulsão de Martini, o goleiro Anderson entrou no lugar de Felipe Garcia. Aos 34 minutos, depois do cruzamento, Bruno Batata, sozinho, desviou e a bola passou rente ao poste de Anderson. Aos 38, Vítor cometeu pênalti e, na cobrança de Nena, o arqueiro alviceleste defendeu a cobrança. Aos 42 minutos da etapa final, o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão terminou o jogo.


Depois da eliminação do Londrina na semifinal, os 7.842 torcedores pagantes gritaram: 'É TUBARÃO!!!' em apoio ao clube que conquistou o Campeonato Paranaense e o acesso para a Série C do Brasileirão no próximo ano.

O Brasil de Pelotas encara na final o vencedor do confronto entre Tombense-MG e Confiança-SE. A vaga será decidida neste domingo (2, e, no jogo de ida, o Tombense venceu pelo placar de 1 a 0.


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