Se tiver desempenho proporcional à envergadura da sua apresentação, Ricardo Centurión fará história com a camisa do São Paulo. O meia-atacante argentino foi recepcionado em uma concorridíssima cerimônia no CT da Barra Funda que contou com a presença de sócios-torcedores, membros da diretoria e conselheiros do clube.
Até mesmo Carlos Miguel Aidar compareceu. O presidente só esteve presente nas apresentações do atacante Alan Kardec e do meia Kaká, maiores contratações da sua gestão. Além dele, o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, também prestigiou o argentino, que recebeu a camisa 20.
"É um momento importante para o São Paulo. O time está praticamente formado; se houver espaço teremos mais reforços. O São Paulo volta para a Libertadores com desejo de vencer, assim como o Paulista, o Brasileiro e a Copa do Brasil", afirmou o dirigente.
A grande novidade foi a revelação de que o São Paulo não gastou um único centavo na transação. Quem comprou Centurión na verdade foi o empresário Vinícius Pinotti, que emprestou dinheiro ao clube a juros abaixo do mercado e não terá nenhum tipo de participação nos direitos econômicos do argentino. Pinotti deu o dinheiro do próprio bolso e planeja repetir a dose com novos parceiros.
"São investimentos de longo prazo. O objetivo é dar o dinheiro barato ao clube; a ideia é trazer um recurso barato. Existe um juro de mercado, nada maior do que um CDI ou renda fixa. O interesse não é tirar dinheiro ao São Paulo, é trazer dinheiro", disse o empresário.
Conhecido pelo estilo driblador e agressivo dentro de campo, Centurión arrancou risos ao se definir um "provocador" e exaltou a representatividade do clube na América do Sul.
"Sou um jogador provocador no campo, é minha característica. Não foi dinheiro que me seduziu. É um clube muito grande, vai jogar a Libertadores. É um processo onde vou me adaptar rapidamente, é um clube que quer ganhar mais uma Libertadores e um Mundial. Estou muito feliz de estar aqui."