O Palmeiras lutou, contou com a força de mais de 36 mil torcedores, mas está fora da Copa Libertadores. Com uma falha grotesca do goleiro Bruno, que sofreu um "frango" no primeiro gol, o time alviverde foi derrotado pelo Tijuana por 2 a 1, nesta terça-feira, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e foi eliminado nas oitavas de final da competição continental.
O clube mexicano, estreante no torneio, enfrenta agora o Atlético Mineiro, que passou pelo São Paulo na semana passada, nas quartas. O primeiro jogo, no gramado sintético do estádio Caliente, em Tijuana, deverá acontecer na próxima semana. A volta, no estádio Independência, em Belo Horizonte, deverá ser realizada entre os próximos dias 28 e 30. A Conmebol anunciará as datas nos próximos dias.
Em uma primeira etapa nervosa, cheia de cartões amarelos (oito no total), Bruno "colaborou" com uma falha incrível ao não segurar um chute fraco de Riascos. Logo na volta do intervalo, um balde de água fria com o gol de Arce e um pouco de esperança com o pênalti bem convertido por Souza. Mas ficou nisso e agora o Palmeiras tenta digerir a eliminação e volta os pensamentos na luta para voltar à elite do Campeonato Brasileiro. Na Série B, a estreia acontecerá no próximo dia 25 contra o Atlético Goianiense, em Itu (SP).
O JOGO - O primeiro tempo da partida mostrou todo o nervosismo das equipes na luta pela classificação. Depois de 10 minutos de correria, sem muita objetividade do Palmeiras, o duelo ficou mais concentrado em jogadas pelo meio e aí começou a "pancadaria" em campo. Mostrando muita vontade para acabar com a catimba e cera dos mexicanos, dois palmeirenses (Charles e Tiago Real) foram logo advertidos com o cartão amarelo.
O Tijuana, que dava espaços no meio para o Palmeiras, não ameaçava o time brasileiro e abusava das faltas para parar o jogo. Como resultado disso, mais cartões amarelos distribuídos pelo venezuelano Juan Soto, que começava a perder o controle da partida.
Entre uma pancada e outra, em um intervalo de dois minutos saíram os lances capitais da etapa inicial. Aos 24, Ayrton bateu uma cobrança de falta no travessão de Saucedo. Dois minutos depois, Bruno falhou feio em um chute fraco de Riascos da entrada da área e tomou um verdadeiro "frango".
Com a vantagem no placar, o Tijuana resolveu catimbar ainda mais, com jogadores caindo no chão em qualquer dividida mais dura. E também abusou das faltas mais duras, que resultaram em mais cartões amarelos - cinco no total. E houve até um vermelho, para Ruiz, que o confuso árbitro reconheceu o erro e aplicou apenas o amarelo para o defensor mexicano.
Para a segunda etapa, o técnico Gilson Kleina resolveu dar mais força ao ataque com a entrada de Souza no lugar de Wesley. O que ninguém no Pacaembu imaginava era mais um gol do Tijuana. E ele aconteceu aos seis minutos, quando Arce foi feliz ao acertar um chute forte, de primeira da entrada da área, no canto esquerdo baixo de Bruno.
Com a necessidade de marcar três gols, o Palmeiras foi de vez todo ao ataque. Souza e Henrique perderam boas oportunidades e a esperança renasceu aos 16 minutos, quando Aguilar colocou a mão na bola dentro da área e o pênalti foi marcado. Souza cobrou bem, fez o primeiro e incendiou o Pacaembu.
Mais preocupado em se defender, mas agora sem tanta violência, o Tijuana abdicou do ataque e sofreu uma enorme pressão do Palmeiras, que tentou de tudo quanto é jeito marcar os gols necessários. Fez um gol com Kleber, mas o árbitro marcou erroneamente o impedimento. E ainda tomou um susto, aos 36 minutos, quando, em um contragolpe, Riascos entrou livre na área, driblou Bruno e só não fez o gol porque o zagueiro Maurício Ramos tirou em cima da linha.
Nem mesmo a expulsão do zagueiro Aguilar, que já tinha o cartão amarelo, aos 39 minutos, ajudou o Palmeiras na dura missão de conseguir a virada. O Tijuana segurou a vitória e a classificação às quartas de final.