O goleiro Vanderlei foi a sétima e última contratação do Santos para o Campeonato Paulista. O objetivo agora é, no meio do ano, comprar do Milan os direitos de Robinho se o clube italiano não aceitar estender o empréstimo, que terminará no dia 30 de junho. "Esse nós queremos comprar. Robinho é identificado com o Santos, com o torcedor, ídolo dos companheiros e fundamental para o clube voltar a conquistar títulos e ajudar na evolução dos jovens que estão sendo promovidos", confidenciou um importante dirigente, que pede para não ser identificado.
Por força da grave crise financeira em que recebeu o clube no começo de janeiro, a administração de Modesto Roma Júnior não pôde entrar forte no mercado e escolher os reforços ideais. A prioridade foi pagar os quatro meses de salários de carteira (CLT) atrasados - o clube ainda deve cinco meses de direito de imagem - para evitar que os outros jogadores seguissem os passos de Aranha, Mena, Arouca e Leandro Damião para obter a liberação na Justiça do Trabalho. As contratações foram as possíveis, sem custos, à exceção de Vanderlei, que era do Coritiba.
O Campeonato Paulista servirá de laboratório. Em seguida o elenco será reavaliado e fortalecido, visando a formarão de um time de ponta para as fases decisivas da Copa do Brasil - o Santos estreia na competição no dia 17 de março contra o Londrina, no estádio do Café, no Paraná - e para o Campeonato Brasileiro. Brigar por títulos ou no mínimo conseguir em uma das duas frentes uma vaga para a Copa Libertadores de 2016 foi a promessa de campanha que os atuais dirigentes dizem fazer questão de cumprir.
O Santos também quer recomprar as fatias de direitos econômicos de Lucas Lima e Geuvânio, que a diretoria anterior negociou secretamente no apagar das luzes do mandato com o fundo de investimentos Doyen Sports.
Mas como arrumar dinheiro para concretizar os projetos? Uma ideia que ganha força na Vila Belmiro é dividir o patrocínio master por dois, com uma empresa estampando a sua marca nas costas e outra no peito, por valores menores, compatíveis com o momento do mercado. O mais provável, contudo, é que os recursos sejam obtidos no próprio futebol do clube com a venda de dois ou três jogadores, como aconteceu nas últimas janelas internacionais de transferências do meio do ano.
Recuperar os direitos negociados de Lucas Lima e Geuvânio, por exemplo, faz parte da estratégia do clube de lucrar muito mais na venda dos dois jogadores para o exterior.
Ao mesmo tempo, dentro da política de investir nos jogadores formados na base do clube, Caju, que ganha R$ 5 mil por mês e se tornou titular da lateral esquerda no segundo semestre do ano passado, vai ter o salário equiparado a outros pratas da casa que subiram para o profissional ao retornar da seleção brasileira sub-20. A última das revelações santistas deve passar a receber R$ 30 mil por mês, com gatilhos por metas atingidas.