Depois de São Paulo, Curitiba também começou a sofrer com a falta de figurinhas para o álbum da Copa 2010, que virou febre entre crianças e principalmente adultos. Há relatos de pessoas que chegam a gastar R$ 400 de
uma só vez para completar o álbum de 640 cromos.
Tanta procura pode ter explicação na ciência. Em entrevista à rádio CBN, o neuropediatra Nelson Guerchon afirmou que a obsessão em comprar e trocar figurinhas é preocupante. "É um tipo de compulsão. Algumas pessoas que começaram a colecionar na infância e continuam colecionando visando entregar para um filho, sobrinho, é sadio. Colecionar para si próprio, aí não".
O 'álibi' dos colecionadores, segundo Guerchon, é o tipo que colecionam para vender futuramente como antiguidade, visando o lucro. Com exceção destes casos, os adultos podem se encaixar na chamada Síndrome de Asperger. "É uma espécie de autismo. São pessoas que colecionam monstros na infância e continuam colecionando pela vida inteira", explicou.