A possibilidade real de o Cruzeiro ser rebaixado pelo seu maior adversário, o Atlético-MG, no clássico na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG), pela última rodada deste Brasileirão, e pela empolgação das torcidas, haverá uma maior segurança no local do jogo e em vários pontos da cidade do interior de Minas Gerais.
Em jogos considerados importantes, de acordo com Federação Mineira de Futebol (FMF), 150 policias são mobilizados. Neste domingo, serão deslocados 300 agentes para Sete Lagoas, dos quais 150 para o interior do estádio e 150 para a área externa. Também reforçam os trabalhos 54 agentes do Corpo de Bombeiros e 12 policiais civis. Por recomendação da PM, o jogo terá apenas a torcida cruzeirense, que já comprou todos os 18.500 ingressos colocados à venda. O time está na 16.º colocação na tabela, com 40 pontos.
Garantido o apoio da torcida, o Cruzeiro precisa agora reunir forças para enfrentar os desfalques. O time não vai poder contar com três de seus principais jogadores: Fábio, o volante Marquinhos Paraná e o meia Walter Montillo, que receberam o terceiro cartão amarelo no empate em 2 a 2 com o Ceará, na última rodada.
O técnico Vágner Mancini, que treina a equipe em Atibaia (SP), não quer saber de inventar. "Eu vou tentar, ao longo dos treinos, ver aquilo que me dá mais segurança. Neste momento, quanto mais se inventa, pior é. Porque o atleta quer ter uma segurança também", afirmou o treinador. Ele admitiu que ainda não sabe o que vai fazer. "Não é por mistério", diz.
Em situação bem mais confortável depois que se livrou de vez do fantasma do rebaixamento, o Atlético ainda sonha com uma vaga na Copa Sul-americana. Para o técnico Cuca, o objetivo é coroar com esse prêmio o bom trabalho do grupo no segundo turno. "O clássico sempre motiva, seja ele na primeira, décima, última rodada, sempre tem sua importância, e também para a gente ratificar a classificação para a Sul-Americana", observou o treinador.