O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho, enfatizou nesta quinta-feira, durante visita ao Maracanã, que o órgão espera para o dia 15 de maio a entrega do orçamento final das reformas do estádio "sem nenhum risco de alteração".
"É isso o que nos interessa, o que vier definido tem de valer". Ele esteve reunido mais cedo com o governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB) e com a cúpula do Tribunal de Contas da União (TCU) para tratar do assunto.
As obras de reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, orçadas até então em R$ 705 milhões, podem chegar a R$ 1,1 bilhão, por causa de problemas na estrutura de concreto da cobertura do estádio.
O governo do Estado divulgou preliminarmente que o investimento no estádio seria de R$ 705 milhões - arcaria com R$ 305 milhões e aguardaria os R$ 400 milhões restantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas o total de R$ 705 milhões não incluía novas obras na cobertura. "A estrutura de concreto que existe oferece risco, tem de ser mexida", disse Cabral.
O governador prometeu entregar ao TCU em 19 de abril os projetos executivos definitivos da reforma do estádio. Quer assim corrigir irregularidades do projeto básico, apontadas pelo tribunal.
Em fevereiro, o TCU comparou as propostas de reforma do Maracanã e do Mineirão e rechaçou em documento à que estava prevista para o estádio carioca, alegando que não havia "projetos de engenharia suficientes para caracterizar os serviços contratados" e que a planilha beirava "a mera peça de ficção".
Sem aprovação do TCU, o Maracanã perderia os recursos do BNDES. Enquanto os projetos executivos não forem analisados pelo Tribunal - esse prazo é de 45 dias após a entrega -, o BNDES só pode liberar 20% dos recursos federais para o Maracanã, ou seja, R$ 80 milhões. Os outros 80% ficam retidos.