Futebol

Centurión relata desentrosamento e sofrimento: 'Não me entendem'

20 abr 2015 às 15:09

O meia-atacante argentino Ricardo Centurión deu um depoimento alarmante acerca de sua situação no São Paulo. Em entrevista à TV Fox da Argentina, a contratação mais cara do Tricolor para 2015 (R$ 13 milhões) relatou sofrimento, desentrosamento com os companheiros e dificuldade para se adaptar à capital paulista.

"Estou sofrendo muito na minha estadia aqui. Faço a parede e não me entendem. Faço jogadas que não esperam e por isso perco a bola. Ainda não me entendo pessoalmente com meus companheiros. Sinto falta do Racing. Tinha me encontrado com uma ideia lá e aqui é tudo muito novo, muito difícil. Não tenho sintonia com meus companheiros ainda. E viver aqui é complicado. Vivo em uma bolha, vou da casa para o treino todo dia. É uma cidade muito grande, com muito trânsito a qualquer hora", afirmou o camisa 20 do São Paulo.


As declarações de Centurión ajudam a explicar, de certa forma, seu comportamento no dia a dia do São Paulo. O argentino faz tudo para evitar a imprensa e deixa as partidas sempre com semblante cabisbaixo, mas com pressa. Fala muito, muito pouco nos treinos ou na concentração com seus companheiros, como alguns jogadores já tinha relatado e o técnico Muricy Ramalho, antes de deixar o comando do time. Recusa todos os convites da imprensa brasileira para entrevista exclusiva.


Recentemente, o jogador se envolveu em uma polêmica. Após a partida contra o San Lorenzo (ARG), em Buenos Aires, estendeu a passagem na capital de seu país por mais um dia além do restante do grupo. Resultado: não se reapresentou no dia combinado, sendo visto em uma balada na noite anterior, quando foi fotografado ao lado de uma modelo.

Apesar do momento complicado, pessoal e do time, o argentino tenta criar ânimo para o duelo da próxima quarta-feira, contra o Corinthians, pela Libertadores. O meia-atacante, que tem chance de ser titular no embate, falou em tom de revanche. "O Corinthians quer nos eliminar. Há muita rivalidade por aqui. Se eles conseguirem nos eliminar, imagine o que pode ser. Já ganharam da gente e queremos uma revanche", afirmou.


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